Criada em 19/03/2017 às 19h47 | Mercado

Governo descarta risco sanitário na carne brasileira; Temer se reúne nesta tarde com ministros e representantes do setor

Na Europa, partidos políticos e produtores até pediram fechamento das fronteiras do bloco à carne brasileira, elevando a pressão para que a Comissão Europeia adote uma medida temporária contra o produto nacional.

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Vários países estão exigindo explicações do Brasil por conta das denúncias entre eles, Estados Unidos, e China, grandes compradores do Brasil, além da União Europeia (Foto: Marcos Correa/PR)

O presidente Michel Temer tem pelo menos três reuniões para tratar de medidas e impactos internos e externos para o agronegócio brasileiro após a deflagração da operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal na sexta-feira, 17.

Há pouco, começou o primeiro dos encontros. Conforme informações do Estadão online, Temer conversa com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.

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Em seguida, se juntaram ao encontro os representantes do setor de produção de proteína animal, como os presidentes da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Antonio Camardelli, da ABPA (Associação Brasileira da Proteína Animal), Francisco Turra, além do presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins.

Temer ainda se encontrará neste domingo com embaixadores de países consumidores da carne brasileira. O governo está preocupado com a repercussão negativa da operação e o impacto que ela poderá ter na exportação de produtos nacionais. A intenção é anunciar novas medidas que levem maior segurança à população brasileira e também ao consumidor do mercado externo em função da ação da Polícia Federal.

PRESSÃO INTERNACIONAL

Vários países estão exigindo explicações do Brasil por conta das denúncias entre eles, Estados Unidos, e China, grandes compradores do Brasil, além da União Europeia.

Na Europa, partidos políticos e produtores até pediram fechamento das fronteiras do bloco à carne brasileira, elevando a pressão para que a Comissão Europeia adote uma medida temporária contra o produto nacional. O apelo vem de setores e países com uma tradição protecionista e que, por anos, vem solicitando que Bruxelas derrube um acordo com o Brasil no setor de carnes. 

RISCO SANITÁRIO

O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Eduardo Rangel, disse que não existe risco sanitário na carne brasileira e que as questões apontadas pela operação Carne Fraca não trazem risco para a população nem para exportações. “Não existe risco sanitário e num primeiro momento a ideia é que possamos reagir rapidamente para tranquilizar a sociedade”, afirmou, ao chegar ao Palácio do Planalto para reunião com o presidente Michel Temer e representantes do setor, informa o Estadão.

Rangel disse que o ministério está preparado para reagir rapidamente e que serão anunciadas medidas administrativas que serão adotadas ainda nesta semana pela Pasta. Ele afirmou que nenhum país suspendeu a importação da carne brasileira. “Os países estão esperando uma comunicação oficial do governo brasileiro. É o que vamos fazer com o presidente”, afirmou. (Com informações do Estadão)

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