A conhecida “delação monstruosa”, como disse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Fux, foi homologada na quarta-feira, 9. O documento atinge diretamente o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O acordo foi feito com o ex-chefe do Executivo do Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), ex-aliado do ministro.
Entre as acusações contra Blairo Maggi, o peemedebista afirmou que o ministro fez pagamento ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes, para que ele mudasse um depoimento a fim de inocentar Blairo.
Barbosa afirmou, na delação, à Procuradoria Geral da República como funcionava um esquema de corrupção no estado. As informações são do "Jornal Nacional", da TV Globo.
Aos procuradores, Silval Barbosa disse que primeiro, Morais denunciou ao Ministério Público que os dois ex-governadores sabiam de compra de vagas no Tribunal de Contas do estado. E que ele, Éder, queria assumir uma delas.
Na delação, Silval disse que, depois deste depoimento, o ex-secretário de Fazenda os procurou e pediu R$ 12 milhões para voltar atrás no que havia dito ao Ministério Público.
Segundo o ex-governador, tanto ele quanto Maggi aceitaram pagar para que ele mudasse o depoimento, mas que o valor seria menor, de R$ 6 milhões – R$ 3 milhões para cada um.
ALIADO DE BLAIRO
Silval Barbosa foi vice-governador à época em que Maggi governava o estado, entre 2003 e 2010. Depois, em 2011, foi eleito para suceder o atual ministro da Agricultura.
Em nota, o ministro Blairo Maggi afirmou, por meio de sua assessoria, que nunca agiu ou autorizou ninguém a agir de forma ilícita dentro do governo ou para obstruir a Justiça. Afirmou, ainda, que não fez e nem autorizou pagamentos a Eder Moraes.
Blairo disse também que jamais autorizou meios ilícitos na sua vida pública ou em suas empresas. Ele lamentou ataques à sua reputação e afirmou que está com a consciência tranquila sobre suas ações (Com informações do Jornal Nacional, da TV Globo)
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