Com a experiência de quem atua por mais de 30 anos no segmento da agropecuária, o leiloeiro Eduardo Gomes é direto ao falar sobre a rigidez do controle sanitário brasileiro: “A conquista de importantes mercados internacionais pelo Brasil é a maior comprovação de que são atendidos os mais rígidos controles sanitários”.
Segundo ele, os controles sanitários obedecem protocolos internacionais. “Somos a pecuária mais sustentável do mundo. Já estamos próximos de sermos reconhecidos como livres da febre aftosa. Somos o segundo maior produtor e maior exportador mundial de carne, posições que foram atingidas alavancadas pela excelência do controle sanitário do nosso rebanho”, disse, em entrevista ao Norte Agropecuário.
Para ele, que vive a atividade pecuária na família desde a infância, trabalha como leiloeiro rural há 33 anos no Tocantins e em diversos outros Estados e conhece de perto a realidade de toda a cadeia produtiva da carne, as revelações de adulteração e fraude desvendadas pela recente operação da Polícia Federal são “casos isolados e pontuais”. “Não há dúvida”, reage. “A divulgação de unidades industriais e plantas que apresentaram problemas atingem 0,5% das empresas com fiscalização federal em todo o país”, complementa.
Já, em relação ao Tocantins, o leiloeiro Eduardo Gomes afirma que, por não ter frigoríficos alvos de investigação, não sofrerá consequências que prejudiquem a atividade. “O Tocantins está próximo de receber a liberação de exportação de carne para a União Europeia. Como a nossa indústria frigorífica está apta para atender às exigências internacionais e não tem empresas investigadas, não acredito em consequências que prejudiquem a atividade no estado”, declarou. Confira os principais trechos da entrevista:
Norte Agropecuário - O sr também considera os fatos apurados pela Polícia Federal na operação Carne Fraca isolados? Por quê?
Leiloeiro Eduardo Gomes: Não há dúvida de que são casos isolados e pontuais. A divulgação de unidades industriais e plantas que apresentaram problemas atingem 0,5% das empresas com fiscalização federal em todo o país.
Norte Agropecuário - Como o sr vê o sistema de controle da sanidade animal e vegetal no país?
Leiloeiro Eduardo Gomes: A conquista de importantes mercados internacionais pelo Brasil, é a maior comprovação de que são atendidos os mais rígidos controles sanitários. A carne Brasileira chega hoje a mais de 150 países.
Norte Agropecuário - No Tocantins, por exemplo, já são 20 anos sem registro de foco de febre aftosa. Diante das repercussão de todo esse fato no Brasil, o Estado está imune a esse problema?
Leiloeiro Eduardo Gomes: O Tocantins está próximo de receber a liberação de exportação de carne para a União Europeia. Como a nossa indústria frigorífica está apta para atender às exigências internacionais e não tem empresas investigadas, não acredito em consequências que prejudiquem a atividade no estado.
Norte Agropecuário - O sr considera que esse fato foi superdimensionado?
Leiloeiro Eduardo Gomes: Além de superdimensionado, pois no primeiro momento passou-se a ideia de que toda a carne produzida no pais estava com risco de consumo, houve um grande erro na comunicação, gerando interpretações distorcidas, como por exemplo a utilização de papelão na embalagem e que foi entendida como se esse material estivesse sendo incorporado à carne industrializada.
Norte Agropecuário - Em que patamar está a pecuária brasileira perante o mundo em termos de uso de tecnologia e controle de sanidade?
Leiloeiro Eduardo Gomes: Somos a pecuária mais sustentável do mundo. Os controles sanitários obedecem protocolos internacionais e já estamos próximos de sermos reconhecidos como livres da febre aftosa. Países como por exemplo os Estados Unidos utilizam hormônios para produção de carne, que são proibidos no Brasil. Somos o segundo maior produtor e maior exportador mundial de carne, posições que foram atingidas alavancadas pela excelência do controle sanitário do nosso rebanho.
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