Criada em 21/03/2017 às 20h31 | Mercado

“Conquista de importantes mercados comprova: Brasil atende os mais rígidos controles sanitários”, diz leiloeiro Eduardo Gomes

Para ele, por não ter frigoríficos investigados, Tocantins não terá consequências em relação ao que foi apurado pela Polícia Federal no âmbito da operação “Carne Fraca”.

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Leiloeiro Eduardo Gomes: “Excelência do controle sanitário do nosso rebanho” (foto: Arquivo/Reprodução)

Com a experiência de quem atua por mais de 30 anos no segmento da agropecuária, o leiloeiro Eduardo Gomes é direto ao falar sobre a rigidez do controle sanitário brasileiro: “A conquista de importantes mercados internacionais pelo Brasil é a maior comprovação de que são atendidos os mais rígidos controles sanitários”.

Segundo ele, os controles sanitários obedecem protocolos internacionais. “Somos a pecuária mais sustentável do mundo. Já estamos próximos de sermos reconhecidos como livres da febre aftosa. Somos o segundo maior produtor e maior exportador mundial de carne, posições que foram atingidas alavancadas pela excelência do controle sanitário do nosso rebanho”, disse, em entrevista ao Norte Agropecuário.

Para ele, que vive a atividade pecuária na família desde a infância, trabalha como leiloeiro rural há 33 anos no Tocantins e em diversos outros Estados e conhece de perto a realidade de toda a cadeia produtiva da carne, as revelações de adulteração e fraude desvendadas pela recente operação da Polícia Federal são “casos isolados e pontuais”. “Não há dúvida”, reage. “A divulgação de unidades industriais e plantas que apresentaram problemas atingem 0,5% das empresas com fiscalização federal em todo o país”, complementa.

Já, em relação ao Tocantins, o leiloeiro Eduardo Gomes afirma que, por não ter frigoríficos alvos de investigação, não sofrerá consequências que prejudiquem a atividade. “O Tocantins está próximo de receber a liberação de exportação de carne para a União Europeia. Como a nossa indústria frigorífica está apta para atender às exigências internacionais e não tem empresas investigadas, não acredito em consequências que prejudiquem a atividade no estado”, declarou. Confira os principais trechos da entrevista: 

Norte Agropecuário - O sr também considera os fatos apurados pela Polícia Federal na operação Carne Fraca isolados? Por quê?

Leiloeiro Eduardo Gomes: Não há dúvida de que são casos isolados e pontuais. A divulgação de unidades industriais e plantas que apresentaram problemas atingem 0,5% das empresas com fiscalização federal em todo o país.

Norte Agropecuário - Como o sr vê o sistema de controle da sanidade animal e vegetal no país?

Leiloeiro Eduardo Gomes: A conquista de importantes mercados internacionais pelo Brasil, é a maior comprovação de que são atendidos os mais rígidos controles sanitários. A carne Brasileira chega hoje a mais de 150 países.

Norte Agropecuário - No Tocantins, por exemplo, já são 20 anos sem registro de foco de febre aftosa. Diante das repercussão de todo esse fato no Brasil, o Estado está imune a esse problema?

Leiloeiro Eduardo Gomes: O Tocantins está próximo de receber a liberação de exportação de carne para a União Europeia. Como a nossa indústria frigorífica está apta para atender às exigências internacionais e não tem empresas investigadas, não acredito em consequências que prejudiquem a atividade no estado.

Norte Agropecuário - O sr considera que esse fato foi superdimensionado?

Leiloeiro Eduardo Gomes: Além de superdimensionado, pois no primeiro momento passou-se a ideia de que toda a carne produzida no pais estava com risco de consumo, houve um grande erro na comunicação, gerando interpretações distorcidas, como por exemplo a utilização de papelão na embalagem e que foi entendida como se esse material estivesse sendo incorporado à carne industrializada.

Norte Agropecuário - Em que patamar está a pecuária brasileira perante o mundo em termos de uso de tecnologia e controle de sanidade?

Leiloeiro Eduardo Gomes: Somos a pecuária mais sustentável do mundo. Os controles sanitários obedecem protocolos internacionais e já estamos próximos de sermos reconhecidos como livres da febre aftosa. Países como por exemplo os Estados Unidos utilizam hormônios para produção de carne, que são proibidos no Brasil. Somos o segundo maior produtor  e maior  exportador mundial de carne, posições que foram atingidas alavancadas pela excelência do controle sanitário do nosso rebanho.

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