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Setor que não sofreu drasticamente os efeitos da pandemia e um dos que mais empregam no campo, a fruticultura brasileira tem bons números, mas podem e devem ser melhorados. Criada em 2014, a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) tem a exata noção disso. E trabalha pelo fomento ao setor, com o foco nas ações voltadas aos mercados interno, externo e principalmente agregar valor à cadeia produtiva.
Apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia, a exportação brasileira de frutas superou a marca de 1 milhão de toneladas e fechou 2020 com um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. O faturamento subiu 3%, chegando a US$ 875 milhões. “Precisamos melhorar e muito. Chegar a 1 bilhão de dólares, dois, três bilhões. O desempenho é muito aquém do que eu gostaria. Devemos estar atentos ao valor agregado”, afirma Guilherme Cruz de Souza Coelho, presidente da entidade, em entrevista ao quadro “NorteAgroCast”, do Norte Agropecuário. O material será veiculado nos programas Norte Agropecuário no Rádio, na Jovem FM de Palmas (TO), e no “Agro & Negócios”, programa de rádio da 101 FM, de Presidente Prudente (SP).
No agro, a fruticultura é a que mais emprega, faz questão de ressaltar. “A pandemia nos preocupou muito. Ficamos apavorados. Mas... Por que a pandemia não nos pegou? Os cuidados com a produção! Temos certificados de boas práticas de manuseio do alimento, sociais, internacionais e de sustentabilidade.”
Entre outros números, é importante destacar: o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo. São 30 polos de produção de frutas temperadas e tropicais em 2,5 milhões de hectares. Ao todo, são cerca de 5 milhões de empregos gerados e 44 milhões de toneladas de frutas por ano produzidas pelas mulheres e homens que atuam no setor. Conforme a Abrafrutas, somente em 2019 foram US$ 858 milhões de dólares em receita na exportação. Mais de 980 milhões de toneladas de frutas brasileiras ganharam o mundo nesse ano.
COMAM MAIS FRUTAS
Uma pesquisa é desenvolvida pela entidade para avaliar o setor e caminhos para o fomento. Conforme Guilherme Coelho, uma das formas é aumentar o consumo. Ele conclamou a população brasileira a comer mais frutas. “Na pandemia, dispararam o consumo de frutas cítricas por causa da pandemia. A população busca alimentos saudáveis que lhe garantam mais imunidade”, disse. “A OMS [Organização Mundial de Saúde] recomenda que o cidadão coma 150 quilos de frutas por ano. No Brasil, se come um terço disso. Precisamos de campanhas publicitárias para incentivar o consumo. Quando a pandemia acabar, sabemos que no mundo vão comer mais frutas. Não tem nada mais saudável”, complementou.
E o foco dos negócios internacionais é a conquista de mais clientes. “Como aumenta o número de exportação? Abrindo mercados”, disse. “A entidade tem oito anos. São 80 associados, que representam de 70% a 75% dos exportadores do Brasil. Abrafrutas foi criada com o foco de exportação. E trata do mercado interno, que é muito forte.”
O ENTREVISTADO
Formado em engenharia agronômica, em São Paulo, em 1984, Guilherme Cruz de Souza Coelho é o presidente da Abrafrutas. Na dianteira de vários empreendimentos da família Coelho, Guilherme viajou pelo mundo para tratar de negócios e trazer mais tecnologias e conhecimento para a região do Vale do São Francisco, especialmente para o campo do agronegócio. Hoje ele é proprietário e administrador da Fazenda Santa Felicidade, que produz e exporta frutas do Vale do Francisco para diversos países no mundo. Foi deputado federal por Pernambuco (PE), pelo partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
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