Criada em 24/10/2023 às 09h59 | Pesquisa

Startup detecta e reduz incêndios em 6,2 milhões de hectares de agricultura

Atuando em diversas regiões do Brasil e com projetos em estágios iniciais em Portugal, Índia e Estados Unidos, a startup umgrauemeio, que faz parte do portfólio do SNASH – hub de startups da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), é uma destas empresas.

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A Startup atua em todos os biomas e regiões do Brasil. (Foto: Divulgação)

No Brasil, a temperatura no mês de outubro tende, normalmente, a ser mais alta que em outros períodos do ano nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-oeste, principalmente quando potencializada pelo El Niño, já em atuação no nosso país, de acordo com a Climatempo. Este superaquecimento propicia incêndios no campo, porém empresas utilizam, cada vez mais, imagens de satélite e sensores na prevenção de queimadas.

Atuando em diversas regiões do Brasil e com projetos em estágios iniciais em Portugal, Índia e Estados Unidos, a startup umgrauemeio, que faz parte do portfólio do SNASH – hub de startups da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), é uma destas empresas.

Ela desenvolve soluções para gestão integrada de incêndios florestais e análise de impacto para setores da agricultura, silvicultura, projetos de carbono, proteção de reservas naturais e outras formas de uso do solo e também na interface entre cidades e florestas.

Hoje, a startup opera 130 torres de monitoramento, atuando em uma extensão de 13,5 milhões de hectares em todos os biomas e regiões do Brasil, sendo 1,7 mi de florestas, 5,6 mi de áreas nativas e expressivos 6,2 milhões de hectares de agricultura. Em 2022, seu faturamento foi de R$ 14 milhões e estão previstos R$ 20 milhões para este ano.

Plataforma Pantera

Desenvolvida pela equipe de tecnologia da umgrauemeio, a plataforma Pantera, atua com módulos de prevenção e análise de risco de incêndios florestais, detecção por câmeras e satélites e o módulo que suporta a resposta rápida integrando informações territoriais e um modelo que simula a propagação de fogo a partir de sua ignição.

Esta tecnologia, permite monitorar áreas florestais e terrestres em tempo real, identificar incêndios florestais em estágio inicial e ainda faz a coleta e análise de dados sobre áreas de alto risco, incluindo fatores como clima, histórico de incêndios, vegetação e topografia, identificando áreas prioritárias para intervenção e prevenção. A comunicação entre as partes interessadas, como autoridades locais e proprietários rurais afetados, também é facilitada.

O co-founder e diretor de inovabilidade da umgrauemeio, Osmar Bambini, explica que o Pantera pode também criar modelos que preveem como um incêndio se comportará em determinadas condições. “Isso ajuda na tomada de decisões sobre evacuações, alocação de recursos e estratégias de combate.

Vantagens para o produtor

Para Osmar Bambini, a plataforma oferece mais segurança aos proprietários rurais, no referente a incêndios. “É uma maneira eficaz de proteger suas terras e sua produção. Além disso, ao adotar práticas sustentáveis com base nas análises de impacto ambiental oferecidos pelo Pantera, os produtores podem aprimorar sua reputação, estar em conformidade com regulamentações e desfrutar de uma imagem mais positiva no mercado”.

Dados

Segundo levantamento realizado pelo MapBiomas Brasil, no primeiro semestre de 2023, 2,15 milhões de hectares no Brasil foram queimados. Os dados apontam ainda que 68% de todas as queimadas ocorream na Amazônia. O bioma teve 1,45 milhão de hectares queimados, um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. 84% das áreas queimadas em todo o País representavam zonas de mata nativa.

O cerrado foi o segundo bioma mais afetado; na área, foram 639 mil hectares destruídos, o que representa 30% do total de queimadas no País. O número de hectares afetado foi 2% superior ao primeiro semestre do ano passado. Vale lembrar que no cerrado algumas queimadas são realizadas como estratégia de prevenção de incêndios florestais do Manejo Integrado do Fogo (MIF). (Da SNA)

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