Criada em 03/10/2018 às 08h09 | Política brasileira

Um dos maiores empresários do agronegócio do Brasil, Blairo Maggi rejeita antecipação de apoio a Bolsonaro por ruralistas

Ministro da Agricultura reconhece a possibilidade de se aproximar de Bolsonaro, mas não tem nada decidido sobre isso e vai se manter neutro, pelo menos neste primeiro turno. Para o titular do Mapa, foi “prematura” a decisão da FPA de se posicionar sobre a candidatura à Presidência.

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Outro motivo que leva Blairo Maggi a descartar o anúncio de apoio neste primeiro turno é o fato dele ser ministro do governo Michel Temer, cujo candidato oficial é o emedebista Henrique Meirelles (foto: Agência Brasil\Divulgação)

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, não referendou a posição Nesta terça-feira, 2, pela Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), que declara o voto em Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições de 2018. O jornal O Estado de S.Paulo apurou , junto a pessoas próximas de Blairo, que o ministro julgou “prematura” a decisão de se posicionar sobre uma candidatura.

Blairo, que é um dos maiores empresários do agronegócio do País, tem uma relação de forte amizade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso em Curitiba, condenado na Lava-Jato.

Segundo as fontes ouvidas pelo Estado , o Blairo tem uma possibilidade de se aproximar de Bolsonaro, mas não tem nada que se decide sobre isso, e vai se manter neutro, pelo menos antes disto primeiro turno. O tema da mudança é o ministro do governo Michel Temer, cujo candidato é oficial emedebista Henrique Meirelles.

Blairo Maggi não comenta o assunto. A frente do Grupo Amaggi, uma das empresas eminentes do setor, também foi Ao Estado , em declaração feita no mês passado, afirmou que se tratava de uma “decisão familiar”.

"Da minha família ligada ao grupo Amaggi fará o eleitor este ano", afirmou o ministro, na ocasião. “Quando faço doação, tenho de explicar. Quando não faço, tenho de explicar também. Isso mostra uma situação complicada da política hoje no Brasil. ”

Uma das maiores bancadas do Congresso Nacional, um FPA, que reúne atualmente 210 deputados e 26 senadores em exercício, divulga hoje uma nota oficial e um vídeo de apoio a Bolsonaro. Na semana passada, a presidente da FPA, deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), ligou para o banco de dados da DEA para definir uma movimentação.

Nesta semana, ela esteve reunida com o deputado Jair Bolsonaro e entregou uma carta de compromissos.

O ex-presidente da FPA e deputado tucano Nilson Leitão (PSDB-MT), candidato ao Senado, disse que a FPA representa o produtor e o setor produtivo, que têm um sentimento anti-PT, e que a frente está traduzindo isso. Primo de Blairo e conhecido como o “rei da soja”, o empresário Eraí Maggi já declarou seu voto em Bolsonaro. Na semana passada, Eraí chegou a ir ao hospital Albert Einstein, em São Paulo, para visitar Bolsonaro.

Ex-secretário de Agricultura do Governo Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo e integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) também considerou "precipitado" o apoio dos ruralistas a Jair Bolsonaro (PSP) PSL). "Achei o absolutamente precipitado e indevido. Sou membro da FPA e fiquei surpreso com essa manifestação, que é extemporânea". ( Do Estadão)

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