O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, admitiu a possibilidade de uma ação semelhante ou uma nova fase da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que identificou fiscais cobrando propina de frigoríficos. A operação ocorrida em março de 2017 colocou em dúvida a fiscalização sanitária no país e abalou o mercado da carne brasileira.
Perguntado pela jornalista Lu Aiko Otta se "há rumores no mercado de que existe uma lista de funcionários do ministério envolvidos em irregularidades, que teria sido entregue numa delação", Novakci respondeu: "Não é segredo que as investigações continuam. O ministério tem fornecido todas as informações à Polícia e ao Ministério Público. O que vai ser e quando, não temos acesso. Precisamos é estar preparados".
A jornalista emendou: "Como?"
Novacki respondeu: "Se tivermos de afastar, de tirar servidor, estamos nos preparando para não permitir que os frigoríficos parem. Isso de fato nos preocupa. E o nosso programa de compliance pretende evitar que novos casos aconteçam. O que aconteceu no passado não tem volta. Mas, se alguém cometeu erros vai pagar por eles".
Na reportagem, o ministro interino da Agricultura afirma também que foi implantado um programa que busca reduzir os riscos de corrupção na pasta. "É o primeiro do gênero a ser adotado por um ministério que interage diretamente com empresas, informou ao Estado o secretário executivo, Eumar Novacki", relata o Estadão.
O jornal informa ainda que "no momento está em curso uma auditoria sobre R$ 45 milhões em multas que foram canceladas ou reduzidas sem justificativa aparente. E 62 servidores foram flagrados batendo o ponto e saindo em seguida"
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