Criada em 18/06/2018 às 21h44 | Pecuária

Abate de bovinos registra queda de 13,7% no primeiro trimestre de 2018 no Tocantins; exportações têm crescimento

Em nível nacional, houve aumento de 4,4%. Já o de suínos teve alta de 2,3% e o de frangos teve queda de 1,2% no 1º trimestre de 2018 frente ao 1º trimestre de 2017. Na comparação entre o 1º trimestre de 2018 e o 4º trimestre de 2017, o abate de bovinos caiu 4,2%, e o de suínos 3,1%.

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O primeiro trimestre do ano registrou queda no abate de bovinos no Estado do Tocantins. Conforme análise feita pelo Norte Agropecuário em recente estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de cabeças de bovinos abatidas nos três primeiros meses de 2018 foi 13,7% menos que o registrado no mesmo período do ano passado.

De acordo com o levantamento divulgado na semana passada pelo IBGE, entre janeiro e março de 2017 foram abatidas 288.214 cabeças de gado. No mesmo período deste ano a quantidade registrada foi de 248.695. 

Já, ao analisar o resultado por toneladas, a queda foi um pouco maior: 15,8% a menos que entre janeiro e março do ano passado. Em 2018, foram abatidas 58.412 toneladas. No ano passado, no mesmo período, foram 69.358 toneladas. Clique aqui e veja o estudo na íntegra

NÚMEROS NACIONAIS

O abate de bovinos teve aumento de 4,4%, o de suínos teve alta de 2,3% e o de frangos teve queda de 1,2% no 1º trimestre de 2018 frente ao 1º trimestre de 2017. Na comparação entre o 1º tri de 2018 e o 4º trimestre de 2017, o abate de bovinos caiu 4,2%, e o de suínos 3,1%, enquanto que o de frangos cresceu 3,5%, chegando a 1,48 bilhão de cabeças.

A aquisição de leite atingiu 6,0 bilhões de litros, primeiro aumento, entre os primeiros trimestres, depois de três anos de quedas consecutivas. Houve alta de 2,4% em relação ao 1º tri de 2017 e redução de 8,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A aquisição de peças de couro cresceu 2,7% frente ao 1º tri de 2017 e recuou 2,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a produção de ovos subiu 7,1% comparado ao 1º tri de 2017, totalizando 846,75 milhões de dúzias, e recuou 1,3% em relação ao trimestre anterior. A publicação com os resultados das pesquisas trimestrais da pecuária pode ser acessada ao lado.

MAIS NÚMEROS

No 1º trimestre de 2018, foram abatidas 7,72 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 4,2% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 4,4% maior que a do 1° trimestre de 2017. A queda em relação ao último trimestre do ano anterior se deve ao aumento do consumo de carne nas festividades de fim de ano.

Em comparação aos primeiros trimestres dos anos anteriores, o abate de bovinos apresenta uma recuperação em relação aos últimos dois anos, aproximando-se do dado de 2015, quando foram abatidos 7,74 milhões de animais.

O abate de 323,46 mil cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2018, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionada por aumentos em 17 das 27 Unidades da Federação (UFs).

Entre as UFs com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: São Paulo (+125,56 mil cabeças), Mato Grosso (+89,67 mil cabeças), Minas Gerais (+61,55 mil cabeças), Paraná (+48,64 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+40,64 mil cabeças), Rondônia (+30,03 mil cabeças), Goiás (+29,40 mil cabeças), Santa Catarina (+10,74 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+8,37 mil cabeças) e Acre (+2,51 mil cabeças). Já as maiores reduções ocorreram em: Tocantins (-39,52 mil cabeças), Pará (-33,34 mil cabeças), Maranhão (-13,21 mil cabeças) e Bahia (-10,59 mil cabeças).

Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,6% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,2%) e Goiás (10,1%).

ABATE DE SUÍNOS

No 1º trimestre de 2018, foram abatidas 10,72 milhões de cabeças de suínos, representando queda de 3,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 2,3% na comparação com o mesmo período de 2017. Este é o melhor resultado para primeiros trimestres desde que a Pesquisa se iniciou em 1997.

O abate de 236,44 mil cabeças de suínos a mais no 1º trimestre de 2018, em relação a igual período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos no abate em 14 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os Estados com participação acima de 1%, ocorreram aumentos em: Paraná (+91,92 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+81,51 mil cabeças), São Paulo (+54,29 mil cabeças), Minas Gerais (+27,73 mil cabeças), Santa Catarina (+11,67 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (+309 cabeças). Em contrapartida, ocorreram reduções em: Mato Grosso (-23,68 mil cabeças) e Goiás (-23,61 mil cabeças).

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 26,3% da participação nacional, seguido por Paraná (21,2%) e Rio Grande do Sul (18,9%).

ABATE DE FRANGOS

No 1º trimestre de 2018, foram abatidas 1,48 bilhão de cabeças de frangos. Esse resultado significou aumento de 3,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior e queda de 1,2% na comparação com o mesmo período de 2017.

O abate de 18,05 milhões de cabeças de frangos a menos no 1º trimestre de 2018, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por reduções no abate em 13 das 24 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Minas Gerais (-16,75 milhões de cabeças), Paraná (-6,43 milhões de cabeças), Santa Catarina (-6,01 milhões de cabeças), Mato Grosso (-2,30 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-891,68 mil cabeças) e Distrito Federal (-877,87 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram aumentos em: São Paulo (+7,10 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+2,91 milhões de cabeças), Bahia (+2,22 milhões de cabeças), Pará (+1,94 milhões de cabeças) e Goiás (+1,32 milhões de cabeças).

Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, com 31,5% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (14,4%) e Rio Grande Sul (14,4%).

AQUISIÇÃO DE LEITE

No 1º trimestre de 2018, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 6,0 bilhões de litros, primeiro aumento depois de três anos de quedas consecutivas entre os primeiros trimestres. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o volume foi 8,3% menor, mas 2,4% maior que o alcançado no mesmo período em 2017. O 1º trimestre é tipicamente caracterizado por uma queda sazonal da produção de leite, logo após o pico no último trimestre do ano.

A aquisição de 140,80 milhões de litros de leite a mais em nível nacional, no comparativo do 1º trimestre de 2018 com o mesmo período do ano anterior, foi impulsionada por aumento em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Os maiores incrementos ocorreram na Região Sul: se comparado com a captação no 1º trimestre de 2017, no Paraná foram 54,81 milhões de litros a mais, em Santa Catarina 50,13 milhões e no Rio Grande do Sul 23,88 milhões. O Pará teve a redução mais intensa (-11,75 milhões de litros).

Minas Gerais seguiu liderando amplamente a aquisição de leite, com 25,7% da aquisição nacional, seguido pelo Rio Grande do Sul (13,7%) e pelo Paraná (11,7%).

AQUISIÇÃO DE COURO

No 1º trimestre de 2018, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 8,58 milhões de peças inteiras de couro cru de bovinos. Essa quantidade foi 2,0% menor que a registrada no trimestre imediatamente anterior e 2,7% maior que a registrada no 1º trimestre de 2017.

As 228,87 mil peças inteiras de couro cru adquiridas a mais, em nível nacional, no comparativo dos 1ostrimestres 2017/2018, vieram de aumentos das aquisições em 9 das 20 Unidades da Federação que participaram da Pesquisa. Os destaques positivos em números absolutos ficaram com São Paulo (+175,02 mil peças), Goiás (+148,48 mil peças), Rio Grande do Sul (+107,78 mil peças) e Mato Grosso do Sul (+79,40 mil peças). As maiores reduções absolutas ocorreram em Minas Gerais (-104,77 mil peças) e Tocantins (-82,10 mil peças).

Mato Grosso continua liderando a recepção de peles bovinas pelos curtumes, com 16,3% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (13,6%) e São Paulo (12,5%).

PRODUÇÃO DE OVOS

A produção de ovos de galinha foi de 846,75 milhões de dúzias no 1º trimestre de 2018. Esse número foi 1,3% menor que o registrado no trimestre imediatamente anterior e 7,1% superior ao apurado no 1º trimestre de 2017.

A produção de 56,20 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo dos 1os trimestres 2018/2017, foi impulsionada por aumentos em 21 das 26 UFs com granjas do universo da pesquisa. Os aumentos mais intensos ocorreram em São Paulo (+17,12 milhões de dúzias), Mato Grosso (+8,34 milhões de dúzias), Goiás (+6,24 milhões de dúzias), Minas Gerais (+5,60 milhões de dúzias) e Espírito Santo (+4,58 milhões de dúzias).

O Estado de São Paulo seguiu como maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação, com 29,7% da produção nacional, seguido por Minas Gerais (9,6%), Espírito Santos (8,7%) e Paraná (8,6%). (Com informações do IBGE)

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