Criada em 24/05/2019 às 17h30 | Exportações

Após missão de ministra à Ásia, 4 frigoríficos do Tocantins aguardam habilitação para exportar carne a países do continente

A lista com 30 plantas frigoríficas que pretendem exportar para os chineses foi enviada nessa quinta-feira, dia 23. Inicialmente, foi pedida a autorização de 78 frigoríficos. No entanto, durante as tratativas com autoridades chinesas, foi sinalizada a intenção de abertura para avaliar 20.

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Oswaldo Stival Júnior, presidente do Sindicarnes: as empresas aguardam a divulgação da lista e a concretização das negociações do Mapa com a China e demais países (foto: Reprodução/Secom)

Quatro frigoríficos do Estado do Tocantins aguardam, com ansiedade, habilitação de suas plantas para vender ao mercado asiático. A expectativa é grande por causa da recente missão internacional liderada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a países daquele continente. Em entrevista coletiva concedida em Brasília nessa quinta-feira, dia 23, na apresentação do balanço da viagem, a titular do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que o governo brasileiro enviou à China lista com 30 plantas frigoríficas aptas a vender ao país.

O Mapa não divulga o nome das plantas. O Norte Agropecuário solicitou formalmente ao ministério a informação. Porém, não houve resposta. Entretanto, o Norte Agropecuário apurou que pediram habilitação quatro unidades tocantinenses. São eles: Boi Brasil, localizado no município de Alvorada, Cooperfrigu, em Gurupi; Plena, em Paraíso do Tocantins; e Minerva, em Araguaína.

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Até mesmo os dirigentes das empresas não têm a informação. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Estado do Tocantins (Sindicarnes), Oswaldo Stival Júnior, as empresas aguardam a divulgação da lista e a concretização das negociações do Mapa com a China e demais países.

AUTORIZAÇÃO PARA VENDA

A lista com 30 plantas frigoríficas que pretendem exportar para os chineses foi enviada nessa quinta-feira, dia 23, informou o Ministério da Agricultura. Inicialmente, os representantes do governo brasileiro solicitaram a autorização de 78 frigoríficos. No entanto, durante as tratativas com autoridades chinesas, foi sinalizada a intenção de abertura para avaliar 20. A ministra, então, relatou que solicitou aos chineses a ampliação do número para 30 plantas.

Deste total, seis já haviam sido vistoriadas, mas ainda não estão habilitadas. As outras 24 foram selecionadas a partir de um diálogo entre a equipe do Mapa e as associações do setor e não precisarão ser vistoriadas. Dentro deste grupo estão exportadores de bovinos (gado), avinos (frango), suínos (porco) e asininos (jumentos).

“O Ministério vai fazer a conferência documental pra ver se todo mundo está pronto com todos os requisitos que a China tem nos pedido. Mas quem dá o aval é a China. Depois a negociação é entre os privados, entre pessoas na China que querem importar carne e os frigoríficos”, explicou a ministra.

Não há, entretanto, um prazo para a resposta dos chineses. De acordo com a ministra, eles estipularam que a lista brasileira deveria ser enviada até hoje, mas não adiantaram quanto tempo levarão para analisar os exportadores.

Atualmente, mais de 50 plantas frigoríficas exportam para o país asiático, sendo mais de 35 trabalhando com aves, 16 com gado e 9 com porcos. Outra demanda apresentada pela delegação brasileira na China foi a revisão do protocolo do milho. “Conseguimos a promessa que vão fazer essa revisão para que Brasil possa exportar”, informou Tereza Cristina.

NO VIETNÃ

No Vietnã, segundo a ministra, a missão brasileira avançou na abertura para a exportação de carme, incluindo bois vivos. “A viagem foi boa. Nós conversamos sobre abertura de mercado pra boi em pé [bois vivos]. Eles demonstraram interesse. Além disso, devem abrir mercado de carne para o Brasil no segundo semestre. Fui recebida pelo primeiro-ministro [Nguyen Xuân Phúc], que foi muito gentil. Ele deixou claro que querem carne brasileira”, relatou Tereza Cristina.

A ministra relatou que o Vietnã é um mercado importante, com cerca de 100 milhões de pessoa. Em contrapartida, as autoridades do país solicitaram a abertura do mercado brasileiro para camarão de mar e ajustes na regulamentação do peixe popularmente conhecido como panga.

NO JAPÃO

No Japão, a delegação brasileira realizou eventos de divulgação do café nacional. Além disso, houve debates sobre exportação de carne e de abacate ao país. “O abacate é produto superconsumido, tanto para [consumo] humano quanto para cosméticos”, disse a Ministério da Agricultura. (Com informações da Agência Brasil)

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