Criada em 28/01/2019 às 20h33 | Pecuária

Tocantins ficará proibido de vender animais e produtos para 14 Estados entre maio de 2020 e maio de 2021, determina portaria

Medida faz parte do processo de transição da retirada da vacinação contra febre aftosa no Estado em razão dos estados citados retirarem a vacinação em 2020, um ano antes do bloco IV, do qual o Tocantins faz parte. A ação está prevista de plano nacional do Ministério da Agricultura.

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Adapec emite nota técnica sobre as diretrizes da retirada da vacinação antiaftosa (foto: Adapec\Divulgação)

Dinalva Martins
DE PALMAS (TO)

Com o objetivo de prestar orientações sobre o processo de transição do status sanitário, de livre da febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) emitiu uma Nota Técnica informando as diretrizes. A principal delas é que durante o período de um ano, entre maio de 2020 e maio de 2021, o Tocantins ficará proibido de comercializar animais, produtos e subprodutos para os estados vizinhos: Maranhão, Piauí e Pará e demais estados que compõem os blocos II e III, podendo apenas ser autorizada nas situações previstas em lei.

A medida se dá em razão dos estados citados retirarem a vacinação em 2020, um ano antes do bloco IV, do qual o Tocantins faz parte. A ação está prevista no Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) 2017-2026, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que impede a comercialização entre blocos que não tem o mesmo status sanitário.

“Estamos conscientizando antecipadamente todos os envolvidos no processo para se prepararem e buscarem alternativas comerciais. A evolução do status é um grande avanço para o Estado e todo o país, que tem lutado há anos para as conquistas de novos mercados e crescimento da economia”, avalia o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.

O documento diz “que passado esse prazo de um ano, os benefícios econômicos serão muitos, além de voltar à permissão da comercialização com todos os estados brasileiros, teremos uma valorização dos produtos pecuários, principalmente da bovinocultura, entre eles, carne, leite, couro, animais, sêmen e embriões, com a abertura de novos mercados em todo o mundo”. Informa ainda que haverá o fortalecimento de toda a cadeia produtiva, atraindo investimentos, gerando emprego e renda com a expansão de frigoríficos e laticínios, curtumes, instalações de fábricas de rações, indústrias medicamentosas, lojas agropecuárias, leilões, entre outros.

A previsão é de que até 2023, o Tocantins e o restante do país poderão ser reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres da febre aftosa sem vacinação.

OS BLOCOS

O Mapa dividiu o país em cinco blocos. Os primeiros estados a extinguirem a vacinação serão Acre e Rondônia em 2019 (bloco I). Em 2020 está prevista a retirada da vacina no Amazonas, Pará, Amapá e Roraima (bloco II) e de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte (bloco III). Em 2021 encerram a vacinação na Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e o Tocantins (bloco IV), além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Bloco V), esse último é o único estado considerado livre da febre aftosa sem vacinação. (Da Adapec)

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