Criada em 11/07/2018 às 10h22 | Grãos

“A terra era ruim; tivemos que inventar método de produção”, lembra pioneiro do boom da soja na região do Matopiba

Julio Busato chegou ao oeste da Bahia no final da década de 80, alugou um terreno e plantou 800 hectares de soja. "Quando cheguei aqui o hectare estava cerca de cem vezes mais barato que na minha região", lembra. Em 2015, sua produção passou de 10 milhões de toneladas.

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Evolução tecnológica foi fundamental para os resultados da produção agrícola na região do Matopiba, que compreende os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (foto: Aldemar Ribeiro/SecomTO/Divulgação)

"A terra era ruim. Tivemos que inventar nosso método de produção, aprender a preparar o solo, escolher as variedades certas de sementes, o adubo certo. Sem transformação do solo e sem esse processo tecnológico, não iríamos produzir nada". A frase é de um dos pioneiros do boom da soja na região do Matopiba nos anos 80, o agropecuarista Júlio César Busato, em entrevista ao jornal A Tribuna, de Santos, no litoral paulista, que divulgou reportagem sobre a produção na região. 

Ele chegou ao oeste da Bahia no final da década de 80, alugou um terreno e plantou 800 hectares de soja. "Quando cheguei aqui o hectare estava cerca de cem vezes mais barato que na minha região", lembra.

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Na época, a cultura da soja na região havia acabado de ser ganhar repercussão nacional. Três anos depois, adquiriu 2,3 mil hectares de terras. Entre 1988 e 2008, sua produção passou de 418,4 toneladas para 5,7 milhões de toneladas. Em 2015, passou de 10 milhões de toneladas.
Como centenas de agricultores do sul do Brasil, nos anos 70 e 80, ele vendeu suas propriedades e se aventurou ao novo eldorado. "Nos enfiamos no cerrado: Não tinha água corrente nem luz, então não tínhamos telefone nem geladeira. A cidade mais próxima estava a cerca de seis horas de carro da fazenda", lembrou.

Conforme a publicação, os esforços do pioneiro Busato resultaram na construção de um império agrícola milionário que emprega 500 trabalhadores e reúne 41 mil hectares - dos quais, 23 mil de algodão e 14 mil de soja. (Com informações do jornal A Tribuna, de Santos, SP)

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