Criada em 25/10/2019 às 11h13 | Mercado

Após vender US$ 31 bilhões à China em 2018, Brasil pode diversificar negócios com o país, afirma Tereza Cristina

Do total exportado, quase 88% foram de soja em grão. Em segundo lugar, aparece carne bovina, com apenas 4,7%. A soja e as carnes (bovina, frango e suína) concentram 96% dos produtos agropecuários vendidos aos chineses.

Imagem
Tereza Cristina na China: “"Queremos que o agro também se torne um setor prioritário para o investidor chinês" (fotos: Mapa/Divulgação)

Ao participar de um seminário sobre agronegócio e comércio agrícola entre Brasil e China, em Pequim, um ministério Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou nesta sexta-feira (25) que as exportações para o mercado chinês estão concentradas em soja e carne, e os produtores brasileiros têm mais a oferecer ao país asiático.

Em 2018, a China comprou mais de US $ 31 bilhões em produtos agropecuários do Brasil, volume 70% superior ao registrado em 2015. Do total exportado, quase 88% foi de soja em grão. Em segundo lugar, aparece carne bovina, com apenas 4,7%. A soja e as carnes (bovina, frango e suína) concentram 96% dos produtos agropecuários vendidos aos chineses.

“Queremos continuar como o principal fornecedor de alimentos para a China, mas podemos oferecer muito mais que soja e carnes”, disse um ministério no seminário, promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

“Desenhou uma diversidade da agropecuária do Brasil e US $ 140 bilhões em produtos agrícolas importados pela China de todo o mundo, parece que há muito espaço para ampliação das nossas relações comerciais, não apenas em volume, mas também em grande variedade”.

Um ministério voltou a ressaltar que o Brasil é um dos poucos países com capacidade de expandir uma oferta de alimentos aliada à sustentabilidade. “O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e ao mesmo tempo possui 66,3% do seu território coberto pela vegetação nativa. Isso é possível porque o produtor brasileiro produz o mesmo tempo que preserva ”, afirmou.

De acordo com Tereza Cristina, o uso de videoconferência para discussão entre equipes técnicas e brasileiras agilizou os processos, como inspeção sanitária. Contudo, segundo ministro, “precisamos continuar buscando soluções inovadoras que tornem a comunicação ainda mais fluida e gerem resultados concretos de grande impacto”.

OS INVESTIMENTOS

Aos empresários chineses, Tereza Cristina apontou diversas oportunidades de investimentos na cadeia produtiva da agropecuária: insumos, maquinário, produção, processamento, estocagem, distribuição, transporte, pesquisa e inovação no campo.

“O crescimento exponencial do setor agropecuários nas últimas décadas, que colocou o Brasil entre os líderes mundiais do setor, foi fruto do casamento bem-sucedido entre recursos naturais abundantes, pesquisa científica de ponta e empreendedorismo dos agricultores”. De 2013 a 2018, os chineses investiram cerca de US$ 69,2 bilhões no Brasil, principalmente no setor energético. "Queremos que o agro também se torne um setor prioritário para o investidor chinês", acrescentou.

Além da alta produtividade do agro, a ministra destacou que o agro é um bom investimento, pois o Brasil detém um mercado interno com 210 milhões de consumidores e tem acesso a mais de 55 milhões de pessoas que vivem nos países vizinhos. O número de consumidores de produtos brasileiros deve crescer ainda mais nos próximos anos, em razão dos acordos comerciais Mercosul-União Europeia e com o EFTA (bloco integrado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein). Os dois blocos, juntos, somam 510 milhões de consumidores.

“A conclusão desses dois acordos é um sinal claro à comunidade internacional de que o Brasil está aberto ao mundo, em prol do livre comércio”, disse.

Ela reformou o compromisso do governo federal e fomenta o ambiente de negócios saudáveis, simplifica uma burocracia, facilita o acesso ao crédito e melhora a infraestrutura do produtor rural. “O Brasil tem uma China como parceiro estratégico e de maior importância. Estou certo de que, ao trabalharmos cada vez mais juntos, colheremos os frutos do aprofundamento dessa relação em benefício de ambos os nossos povos ”.

De acordo com um ministério, uma prioridade do governo é melhorar a economia, por meio de uma agenda de micro e macro reformas, como a Previdência, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional. ( Do Mapa)

Tags:

Comentários


Deixe um comentário

Redes Sociais
2024 Norte Agropecuário