Norte Agropecuário

A mais recente estimativa feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que, somadas, as riquezas produzidas no campo do Tocantins devem alcançar montante de mais de R$ 9,8 bilhões neste ano. Este é o prognóstico para o Valor da Produção Agropecuária do Estado, que deve ser 16,71% maior que o resultado de 2019.

Nessa quarta-feira, dia 13, a Secretaria de Política Agrícola do Mapa divulgou o estudo, com dados gerais. Conforme análise feita pelo Norte Agropecuário, o VBP do Tocantins neste ano deve ser de R$ 9.826.607,868. Já o resultado de 2019 foi de R$ 8.184.271,186.

A lavoura em 2020 representará a maior parte: R$ 6.272.726,411. Já a pecuária, praticamente a metade, R$ 3.553.881,457. O resultado do ano passado foi pouco diferente. A lavoura somou R$ 5.092.758,834, enquanto a pecuária atingiu R$ 3.091.512.352.

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Quase o total da pecuária tocantinense é representada pela bovinocultura, que deve ter VBP de R$ 3.221.436,515. No ano passado, bovinos tiveram VBP de R$ 2.750.625,067.

Já as culturas da soja, milho e arroz puxam os resultados da lavoura. A soja, por exemplo, carro-chefe da economia do Tocantins, prevê VBP de 2020 de R$ 3.894.074,451 (em 2019 foi de R$ 3.235.418,697). O milho, este ano, terá VBP de R$ 900.966,813, quase o dobro de 2019, que teve resultado de R$ 592.018.762. Já, arroz, este ano deve ser de R$ 766.857,277 (em 2019 foi de R$ 689.022,546). Um pouco mais abaixo, o algodão. Em 2020, o resultado deve ser de R$ 140.827.647. Em 2019, o VBP do algodão foi de R$ 62.065.728.

VBP NACIONAL

Em nível nacional, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020, atualizado com base nas informações de abril, deve atingir R$ 697 bilhões, alta de 8,6% em relação a 2019. São os maiores valores obtidos nestes últimos 31 anos de acordo com estudo elaborado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O valor das lavouras cresceu 10,4% e gerou R$ 462 bilhões. Já a pecuária avançou 5,4%, para R$ 234,9 bilhões.

"As condições climáticas favoráveis na maior parte das áreas produtoras e os preços agrícolas foram decisivos para esses resultados", explica o coordenador geral de Avaliação de Políticas da Informação, José Garcia Gasques.

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgados nessa terça-feira (12) mostram condições favoráveis para o Brasil em carnes e grãos. Para a soja, milho, carnes de frango e de suíno, as exportações mostram-se em níveis superiores aos dos últimos cinco anos. Segundo o USDA, o Brasil deve suprir 51,4% da demanda mundial de soja e 33% da carne de frango.

Entre as lavouras com desempenho favorável, destacam-se arroz, cacau, café (35,4%), cana-de-açúcar (2,5%), feijão (8,5%), laranja (9,2%), milho (17,6%), soja (16%) e trigo (31,3%).

Quatro produtos têm apresentado redução do VBP: algodão em caroço, banana, batata inglesa e uva.

Gasques salienta que a pecuária tem tido um desempenho surpreendente. “O mercado internacional tem sido o principal responsável por esse resultado”. Os valores da produção de carne bovina e suína cresceram 13,2% e 10,2%, respectivamente. A produção de ovos, por sua vez, cresceu 11,6%, colocando o setor numa posição melhor do que a do ano passado.

VBP REGIONAL

Os resultados regionais mostram a liderança da região Centro-Oeste, cujo VBP é de R$ 218,7 bilhões. A região Sudeste alcançou R$172,3 bilhões, Sul, R$168,4 bilhões, Nordeste, R$ 66,4 bilhões e Norte, R$ 44,22 bilhões. (Com informações do Mapa)