Suspensão na produção de carne da JBS de Araguaína trará prejuízo de R$ 6 milhões ao grupo, diz Sindicarnes

CRISTIANO MACHADO
DE PALMAS

A suspensão da produção de carne no frigorífico JBS de Araguaína trará prejuízos de R$ 6 milhões ao grupo. A informação é do Sindicato das Indústrias Frigoríficas Carnes Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados do Tocantins (Sindicarnes-TO).

"Com essa paralisação de três dias no abate e produção da JBS de Araguaína, a cadeia produtiva tocantinense herda alguns prejuízos que refletem diretamente na nossa economia. A interrupção dos serviços representa queda de 35% da produção da empresa, uma perca de quase R$ 6 milhões", afirmou o presidente da entidade, Oswaldo Stival Júnior.

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A empresa suspendeu por três dias a produção de carne em 33 das 36 unidades espalhadas pelo Brasil. Conforme o Norte Agropecuário informou nessa quinta-feira, 23, o frigorífico de Araguaína é uma dessas unidades que terá o trabalho suspenso até sábado, 25.

Para Stival, diante da repercussão e embargos da compra de carne por países clientes do Brasil, as indústrias estão se adequando e "equilibrando a produção". O presidente do Sindicarnes reforçou o compromisso da empresa de não demitir os funcionários. "Como a própria JBS de Araguaína já se manifestou, não haverá demissão de funcionários nesse processo de melhora e fortalecimento da produção da indústria no Tocantins", comentou.

Para ele, o governo federal tem mostrado agilidade nas respostas sobre a operação Carne Fraca, da Polícia Federal. "O Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tem mostrado muita agilidade nas respostas sobre essa “Operação Carne Fraca” e temos a certeza que vamos retornar aos mercados, hoje embargados, como é o caso da JBS, o mais rápido possível demonstrando a qualidade de nossa carne", declarou.

AÇÃO DO SINDICARNES

Segundo o presidente, o Sindicarnes age para dar suporte a unidade de Araguaína. "O Sindicarnes está agindo para dar suporte e apoio à essa unidade, junto com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), está promovendo ações conjuntas ao Governo Federal e Ministério da Agricultura e confia, inteiramente na qualidade da carne produzida e exportada do Tocantins", afirmou.

Ele ressaltou a transparência da JBS ao comunicar o fato. "Essa transparência apresentada pela JBS de Araguaína, bem como de todas as unidades frigoríficas envolvidas na investigação e do Mapa, nos traz respostas positivas e podemos, a qualquer momento, reverter o quadro de impedimento da exportação, o que depende dos países importadores, e não somente do Brasil e, assim, voltar a alavancar o crescimento da economia agropecuária do Estado do Tocantins", finalizou.