Criada em 29/01/2019 às 10h58 | Hortifruti

Após quase US$ 1 milhão em 2017, exportações de hortaliças e raízes comestíveis do Tocantins desabam 92% no ano passado

Foram vendidos ao exterior apenas US$ 68,72 mil (R$ 257,73 mil) em 2017. Especialista da Secretaria da Agricultura consultado pelo Norte Agropecuário afirmou que não houve queda na produção e ressalta mercado interno muito forte para os produtos.

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No ano passado, os compradores de hortaliças e raízes comestíveis foram o Panamá, os Estados Unidos e Portugal, mas em patamares muito inferiores ao quatro de 2017. Em volume, foram 162 mil quilos apenas (foto: Ítalo Guedes\Embrapa)

Corumbert Leão, da Seagro: "Isso é comum para esses
produtos, o mercado interno sempre é demandador"

DANIEL MACHADO
DE PALMAS (TO)

Depois de um 2017 no qual os produtores rurais e as empresas do Tocantins pareciam ter descoberto um novo ramo de negócios com a venda de US$ 959,89 mil (quase R$ 3,6 milhões) de raízes e hortaliças comestíveis para o exterior, a comercialização desses produtos despencou mais de 92% no ano passado e ficou em apenas US$ 68,72 mil (R$ 257,73 mil) no passado.

No conjunto de hortaliças e plantas comestíveis exportadas estão: raízes de mandioca, de araruta e de salepo, topinambos, batatas-doces e raízes ou tubérculos semelhantes, com elevado teor de fécula ou de inulina, frescos, refrigerados, congelados ou secos, mesmo cortados em pedaços ou em pellets e medula de sagueiro. O levantamento das informações foi feito pelo Norte Agropecuário via o sistema Comex Stat, que reúne o maior banco de dados de transações comerciais internacionais e no Brasil é administrado pelo governo federal.

Os números de 2017 foram os maiores já registrados na história para esse tipo de produto do Estado.

OS PAÍSES

Ao se avaliar os dados dos compradores de hortaliças comestíveis, é possível verificar uma troca de parceiros. Enquanto em 2017 Índia, Paquistão, Egito e Vietnã compraram mais de 1,76 milhão de quilos de raízes e hortaliças comestíveis. Porém, no ano passado, esses países juntos não compraram um quilo sequer.

No ano passado, os compradores de raízes e hortaliças comestíveis foram o Panamá, os Estados Unidos e Portugal, mas em patamares muito inferior aos quatro de 2017. Em volume, foram 162 mil quilos apenas.

OS MOTIVOS

No entanto, a queda nas exportações não significa, necessariamente, prejuízos para os produtores e empresas do Estado. Conforme o engenheiro agrônomo Corumbert de Oliveira, da Secretaria da Agricultura do Estado, o mercado interno do Brasil é muito forte e não houve redução na produção de hortaliças e raízes comestíveis no Estado. “Isso é comum para esses produtos, o mercado interno sempre é demandador. Acredito que esse deve ser o motivo, já que aumentamos o volume produzido”, ressaltou, ao destacar que há Estados no Brasil com maior tradição na exportação dessas hortaliças que o Tocantins.

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