Criada em 14/11/2019 às 09h41 | Pecuária

Com projeto Balde Cheio, criador de gado do Tocantins espera aumentar produção de leite de 45 para 500 litros por dia

“Com esse projeto, provavelmente por esses dois anos nós vamos atingir essa meta”, disse João Batista Ferreira, de Colinas (TO). Ação foi retomada em 2019 e periodicamente conta com capacitações teóricas e visitas de acompanhamento em propriedades rurais.

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A cada quatro meses, o instrutor vai às propriedades, que são acompanhadas mais de perto por técnicos treinados por ele (fotos: Clenio Araújo/Embrapa)

Clenio Araujo
DE COLINAS DO TOCANTINS (TO)

“Esse projeto veio a me dar um norte por onde eu tenho que tramitar pra chegar ao meu objetivo. Excelente, chegou em boa hora porque eu estava muito perdido”; é dessa maneira que o produtor rural João Batista Ferreira, do município de Colinas do Tocantins, região Centro-Norte do estado, se refere ao Balde Cheio. E ele tem uma meta que pode ser considerada ousada: passar dos atuais 45 litros por dia para 500 litros diários de produção de leite. Confiança não lhe falta: “com esse projeto aí, provavelmente por esses dois anos nós vamos atingir essa meta”.

O Balde Cheio é um projeto de transferência de tecnologia em pecuária de leite liderado pela Embrapa e executado em parceria com diversas instituições em vários estados do país. No Tocantins, foi retomado em 2019 e periodicamente conta com capacitações teóricas e visitas de acompanhamento em propriedades rurais. A cada quatro meses, o instrutor Junior Colombo vai às propriedades, que são acompanhadas mais de perto por técnicos treinados por ele.

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Um desses técnicos é Antônio Luiz Dias Sousa, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins). É ele quem acompanha a propriedade do senhor João. E o elogia: “ele está aberto a novas tecnologias. Ele vem de outra atividade diferente da agropecuária, mas está empolgado, interessado em participar desse projeto”. Antônio relata como está sendo o trabalho na Fazenda Mutum. “Aos poucos, estamos adequando a propriedade dele para chegar ao nível de produção esperado, que ele almeja alcançar”, conta.

Em novembro, aconteceu a segunda visita de Junior Colombo à propriedade. A cada visita, sempre acompanhada do técnico responsável, é avaliada a situação da área e são acertadas algumas melhorias que precisam ser feitas. Tudo com o objetivo de mostrar que, com ajustes, é possível se produzir leite de maneira mais eficiente, com mais quantidade, qualidade, bem-estar aos animais e de forma sustentável econômica, ambiental e socialmente. Em março de 2020, novamente a Fazenda Mutum receberá a visita do instrutor do Balde Cheio. Até lá, o trabalho fica mais por conta do técnico e do produtor.

OS TRABALHOS

No Tocantins, os trabalhos com o Balde Cheio têm a coordenação de Cláudio Barbosa, zootecnista da Embrapa. Sobre as parcerias na condução do projeto, ele avalia positivamente: “tenho visto uma participação efetiva dos parceiros, das instituições fomentadoras do projeto no estado. Nós temos tido algumas dificuldades com relação à questão de arranjos e distribuição, divisão dessas coparticipações, contrapartidas de cada um. Mas a gente está com o cronograma já estabelecido e vamos cumprir, tanto neste ano de 2019, como já para o ano de 2020, com novos arranjos de parceria”.

Cláudio elogia a atuação dos técnicos no Balde Cheio no Tocantins. “Com relação aos técnicos, estou bastante animado. Temos tido algumas dificuldades com relação à participação de alguns na parte teórica do curso. Mas na parte prática todos estão comprometidos e tenho visto um desenvolvimento da parte deles já nessa atualização técnica com o Junior Colombo”, relata. Sobre resultados efetivos no campo, ele se mostra esperançoso: “acredito que, até o segundo semestre de 2020, já seja possível a gente ter capacidade de apresentar alguns resultados de algumas unidades demonstrativas do projeto”.

O Balde Cheio no Tocantins conta com técnicos do Ruraltins, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) / Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Faet). Como compromisso, todos precisam dar assistência a pelo menos uma propriedade em sua área de atuação, buscando transformá-la em referência para outros produtores de leite da região. Antônio Luiz, do Ruraltins, aprova: “está sendo uma experiência boa. É um projeto que nos capacita ao campo. Estou gostando muito de poder contribuir, participar dos aprendizados e estar aprendendo também a cada dia”.

Já o senhor João Batista, um dos produtores participantes do Balde Cheio no Tocantins, agradece a recente visita que recebeu na Fazenda Mutum: “eu não sabia como executava essa minha vontade de participar do Balde Cheio. Só tenho a agradecer à equipe que veio aqui me assessorar e me ajudar nesse projeto”. Estiveram na visita o técnico Antônio Sousa, o instrutor do Balde Cheio no Tocantins Junior Colombo, Márcio Gomes (que é ligado ao Sebrae e também técnico participante do projeto) e Cláudio Barbosa. Agora, a expectativa é ver os resultados na visita de acompanhamento em março do ano que vem. A depender da motivação do produtor, boas notícias vêm aí! (Da Embrapa Pesca e Aquicultura)

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