Criada em 13/09/2018 às 18h30 | Agricultura

Produtor brasileiro é empreendedor e aberto a novas tecnologias, destaca consultor que faz um panorama do cultivo de grãos

Ao fazer um panorama sobre a produção de milho no Brasil nos últimos 40 anos, o engenheiro agrônomo e consultor André Aguirre Ramos destacou o empreendedorismo do agricultor brasileiro e que ninguém testa mais tecnologia que o produtor.

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O produtor de sucesso deve entender a implantação de duas ou mais culturas e não de uma única isolada, além de conhecer os processos de integração, como a Lavoura-Pecuária e a Lavoura-Pecuária-Floresta. (Foto Divulgação)

Guilherme Viana
DE LAVRAS (MG)

Um panorama sobre a produção de milho no Brasil nos últimos 40 anos - desde o monocultivo do cereal aos sistemas integrados de produção - foi estruturado pelo engenheiro agrônomo André Aguirre Ramos, consultor da Aguirre & Ramos Consultoria, durante o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo , realizado em Lavras-MG. “O início do plantio direto, em 1975, e a importância do projeto de geração de renda no sistema brasileiro de fotografia do artista brasileiro. Ninguém testa mais tecnologia que o agricultor ”, disse.

Durante o final da década de 1970, com o início do sistema de plantio direto, como o surgimento de novas pragas e as doenças e os problemas físicos do solo constituíram o cenário vivido por agricultores na aplicação da chamada “safrinha” que, em 2012, ultrapassou uma safra de verão em área plantada. “Nessa época, o termo 'safrinha' era associado a baixas produtividades. As sementes eram provenientes de safras de safra e de verão, com pouca ou nenhuma informação sobre o manejo e novas tecnologias.

Associado to alto risco de plantio - época de seca e seca - era necessário com a segunda safra. Dessa forma, o plantio de uma cultivar de soja precoce no verão era decisivo para o crescimento da soja, a busca pelo maior potencial produtivo, a adoção de uma janela de chuvas. Nesse ponto, aconteceu o chama-se de 'boom' do agronegócio brasileiro ”, lembra o consultor.

Hoje, o produtor de sucesso deve ser uma implantação de mais ou menos culturas e não de uma única isolada, além de conhecer os processos de integração, como a Lavoura-Pecuária e a Lavoura-Pecuária-Floresta. Abaixo, conheça algumas tecnologias que marcaram o desenvolvimento da cultura do país em três décadas: de 1990 a 2005; de 2005 a 2012; e de 2012 até os dias atuais.

Evolução tecnológica na cultura do milho

1990 a 2005

- Melhoria na qualidade de plantio;

- Introdução do híbrido simples, com genética e qualidade de sementes superior;

- Correção do solo e adubação fosfatada;

- Adubação nitrogenada;

- Controle químico de pragas de solo e lagarta-do-cartucho;

- Aumento da população de plantas para até 65 mil (por hectare).

2005 a 2012

- Melhoria da qualidade dos equipamentos e operações de plantio, adubação, pulverização e colheita;

- Introdução do milho transgênico;

- Tratamento industrial de sementes;

- Uso de fungicidas;

- Redução do espaçamento de plantio (45 cm a 50 cm) e aumento da densidade (até 75 mil plantas por hectare);

- Doses de nitrogênio de até 200 kg / ha ou mais no verão;

- Agricultura de precisão, com operações georreferenciadas.

2012 a 2018

- Plantio cada vez mais antecipado do milho segunda safra;

- Utilização de técnicas de MIP (Manejo Integrado de Pragas) nas cultivares transgênicas de milho;

- Aumento da capacidade de armazenamento nas propriedades, aproveitando melhor época de venda;

- Com as “pontes verdes”, surgimento de novas pragas e doenças;

- Aumento de áreas de milho em consórcio com outras gramíneas e leguminosas;

- Entendimento, por parte dos agricultores, que a soja precoce e o milho segunda safra compõem o mesmo sistema;

- Surgimento de novas tecnologias para gerenciamento de informações das lavouras;

- Novos conhecimentos sobre tecnologias utilizadas em países com restrição hídrica e temperaturas elevadas – similares às condições brasileiras da segunda safra – como é o caso da África do Sul.

O tema foi debatido em conferência durante o segundo dia do XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que acontece até a sexta-feira, 14, em Lavras-MG.

(Da Embrapa Milho e Sorgo)

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