Criada em 30/03/2017 às 13h44 | Agronegócio

Estado sacrificou 31 equinos com doença de mormo; mais de 1,4 mil exames foram feitos em 'propriedades focos'

Nota técnica com recomendações sobre aglomerações de equídeos em eventos agropecuários é divulgada. O presidente da Adapec ressaltou que a medida visa garantir a continuidade do trabalho de controle do mormo que está sendo realizado pelo órgão.

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Desde junho de 2015, a Adapec está realizando diversas medidas necessárias para sanear os focos e controlar o trânsito de equídeos (foto: Lenito Abreu/Adapec)

Com o objetivo de controlar e erradicar a doença Mormo nos municípios onde houve casos confirmados em equídeos, no sul do Estado, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) emitiu uma nova Nota Técnica com recomendações sobre aglomerações de equídeos em eventos agropecuários.

Até o momento, seis propriedades já foram saneadas e liberadas, sendo que, 1.414 amostras foram realizadas o teste de Fixação de Complemento (FC), de animais da região foco, para investigação epidemiológica; realização de palestras de conscientização aos produtores, sindicatos rurais e população tocantinense em geral; intensificação de vigilâncias ativas nas propriedades, realização de 31 sacrifícios sanitários de animais positivos conclusivos para a enfermidade e atendimento médico veterinário através da notificação de produtores de suspeitas de Mormo. As propriedades focos continuam interditadas para trânsito de equídeos até que sejam realizados dois testes consecutivos negativos com intervalo de 45 a 90 dias, e este procedimento vem sendo realizado pela Adapec.

CASOS DE MORMO

Os casos de Mormo confirmados no Tocantins, até o momento, estão restritos aos municípios de Formoso do Araguaia, Sandolândia e Cariri do Tocantins, com 18 focos (propriedades com casos positivo) e 33 animais positivos para a doença.  Devido à inexistência de vacinas e os tratamentos serem proibidos para os animais, recomenda-se para o trânsito de equídeos exames negativos para a enfermidade; controle de eventos pecuários e aglomerações de equídeos (por exemplo: cavalgadas, vaquejadas, outros).

MEDIDAS DA ADAPEC

O presidente da Adapec, Humberto Camelo ressaltou que a medida adotada pela Agência visa garantir a continuidade do trabalho de controle do Mormo que está sendo realizado pelo órgão em municípios onde foi registrada a presença da zoonose, e onde houve determinação judicial restringindo aglomerações. No documento a Adapec recomenda “que não ocorra nenhuma aglomeração de equídeos nos municípios onde há foram notificados focos da doença: Formoso do Araguaia, Sandolândia e Cariri do Tocantins. Diz também que os municípios limítrofes aos focos, Figueirópolis, Gurupi, Dueré, Araguaçu e Lagoa da Confusão, sejam suspensas as aglomerações de equídeos que não estejam cadastrados e aprovados junto à Adapec.”

A nota ainda aconselha, que os diversos setores da agropecuária, incluindo médicos veterinários, zootecnistas, criadores, promotores de eventos para equídeos ou qualquer cidadão, comprometam-se com a prevenção, detecção precoce e contenção da doença, comunicando toda suspeita de Mormo imediatamente à Adapec para que sejam adotadas as medidas sanitárias pertinentes.

A diretora da Defesa, Inspeção e Sanidade Animal da Adapec, Regina Gonçalves Barbosa, defendeu a recomendação dizendo que, “a alta densidade de animais em aglomerações e a proximidade destes, assim como uso comum das instalações de bebedouros e/ou comedouros favorecem a disseminação da enfermidade, da mesma forma que os fatores de estresse relacionados com o hospedeiro, por isso, é importante que os produtores rurais compreendam a necessidade desta normativa neste momento em que estamos trabalhando para controlar e erradicar a doença”, ressaltou Regina.

Desde junho de 2015, a Adapec está realizando diversas medidas necessárias para sanear os focos e controlar o trânsito de equídeos, além de proceder à investigação de vínculos epidemiológicos, com objetivo de impedir a disseminação da enfermidade. (Com informações da Adapec)

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