Criada em 01/06/2020 às 12h01 | Agricultura

Presidente da Embrapa debate inovações que ajudam a aumentar a produtividade do milho brasileiro

Celso Moretti participou de live promovida pelo Canal Rural, explicando como as inovações promovidas nos últimos anos aumentaram a produtividade do milho brasileiro.

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Imagem da live do Canal Rural transmitida no dia 28 de maio. (Foto: Divulgação/Embrapa)

Celso Moretti, presidente da Embrapa, participou nesta semana de uma live promovida pelo Canal Rural, explicando como as inovações promovidas nos últimos anos aumentaram a produtividade do milho brasileiro. A live foi transmitida na noite do dia 28 de maio, quinta-feira, e contou com a presença de Túlio Gonçalo, gerente de Pesquisa da Gapes,  e de Vinícius Faião, gerente de Agricultura Digital da Bayer. O mediador foi Glauber Silveira, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). 

O programa fez parte das comemorações feitas pelo canal para celebrar a colheita recorde de milho de segunda safra deste ano - mais de 75 milhões de toneladas  –, por meio da webinar Mais Milho, série de debates com representantes da cadeia produtiva transmitidos nas suas redes sociais. A live do dia 28 encerrou a série e teve como tema o uso de tecnologia para alcançar a máxima produtividade na cadeia do milho.

Os debatedores foram unânimes em defender que as inovações tecnológicas são as principais responsáveis pelo aumento da produtividade do grão nacional. Segundo levantamento realizado pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), a produtividade do milho cresceu quase 70% nos últimos 20 anos no Brasil. Na safra 2000/2001, os produtores brasileiros colhiam, em média, 3.260 quilos do grão por hectare. Esse rendimento hoje passou para 5.527 quilos – dado obtido já na safra 2019/2020.

Os três convidados citaram diversas inovações que influenciam bastante a produtividade da cultura, como o melhoramento genético (com seleção de materiais de ciclo precoce, altamente produtivos e resistentes a pragas e doenças, fundamentais para se encaixarem na janela apertada do milho safrinha), os bioinsumos (sejam de controle biológico para combater pragas e doenças ou biofertilizantes para reduzir a dependência de adubos nitrogenados químicos e importados), mecanização e automação das lavouras, novas técnicas de manejo e o uso de ferramentas digitais que chegaram recentemente às mãos do homem do campo.

Pandemia

Indagado, no início da live, sobre como a Embrapa estava funcionando durante a pandemia do covid-19, Moretti explicou que a Empresa não parou. “O agro vai ser o motor da recuperação da economia brasileira. Estamos colhendo uma safra recorde de grãos, o agro não parou por conta da pandemia e a pesquisa continuou também seguindo firme”, afirmou. Ele destacou que mesmo com parte dos empregados trabalhando remotamente, as pesquisas no campo e nos laboratórios não foram paralisadas. “Temos um contingente significativo de colegas que estão trabalhando em revezamento, tocando o dia a dia da pesquisa, entregando soluções para o agro brasileiro”.

Bioinsumos

O impacto da onda dos bioinsumos na produtividade da cadeia do milho foi outro ponto debatido, principalmente por conta do lançamento, no dia anterior, do Programa Nacional de Bioinsumos, feito pela Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Celso Moretti lembrou que esse era um tema importante na agenda da Embrapa desde a sua criação, buscando reduzir o uso de fertilizantes químicos. 

Ele explicou que o Brasil ainda importa por ano cerca de 25 milhões de toneladas de NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) e que é preocupante o fato de um setor como o agro brasileiro, que corresponde a 23% do PIB, ainda depender tão fortemente da importação de adubos nitrogenados. “Por isso, a busca por bioinsumos é uma prioridade para a pesquisa agropecuária. E por isso é que lançamos em 2019, em parceria com o setor privado, um bioinsumo inicialmente específico para a cadeia do milho, que é o Biomaphos”. 

Moretti explicou que a novidade é composta por duas bactérias que trabalham sinergicamente e atuam sobre o fósforo que está acumulado no solo ao longo de anos de adubação. “O Biomaphos foi testado em 400 áreas agrícolas diferentes do país e foi fruto de um trabalho de 17 anos de pesquisa. E já demonstrou que pode possibilitar aumento de produtividade da ordem de 10% na cultura do milho”. No ano passado, o Brasil importou 5,5 milhões de toneladas de adubos fosfatados.

O presidente da Embrapa disse também que com a fixação biológica de Nitrogênio para a soja, a pesquisa ajudou o agro a economizar e evitar  o uso de adubos nitrogenados. “Agora, com o Biomaphos, avançamos na questão do fósforo. E quem sabe, num futuro próximo, vamos encontrar uma solução também para o potássio”. Moretti também citou os trabalhos relevantes feitos pela Empresa com bioinsumos para o manejo integrado de pragas e controle biológico de pragas e doenças.

Conectividade no campo

Outro tema do debate foi o auxílio da internet aos produtores rurais, permitindo acessar conhecimentos e novas tecnologias, principalmente durante o período da pandemia, otimizando a gestão agrícola e contribuindo para o aumento da produtividade e rentabilidade das lavouras. No entanto, todos concordaram que a baixa conectividade no campo ainda é o maior entrave para o uso mais amplo das ferramentais digitais. De acordo com o Censo Agro Agropecuário de 2017, mais de 70% das propriedades rurais ainda não têm acesso à internet.

“Mais de 80% dos produtores rurais utilizam mensagens instantâneas para saber de preços e fechar negócios. As ferramentas digitais ajudam os agricultores a tomar as melhores decisões e, com o cenário atual, a tecnologia tem sido usada até mesmo para a compra de insumos, o que não era comum”, explicou Vinícius Faião, da Bayer.

Para Celso Moretti, o gargalo da conectividade é um grave problema que o Brasil precisa resolver. “A China já tem 90% do seu território coberto com sinais de internet e os Estados Unidos também tem avançado em passos largos nesse sentido. Temos ferramentas, drones, sensores, inteligência artificial, internet das coisas, que dependem sobretudo de conectividade no campo. Sem conectividade, o agro brasileiro vai ficar meio que batendo no teto e não conseguirá dar um novo salto de produtividade para quem sabe, logo, logo, produzirmos 200 milhões de toneladas de milho”.

Prioridades para 2020

O presidente da Embrapa destacou, no evento virtual do Canal Rural, quatro das prioridades para a pesquisa agropecuária para este ano: a agricultura digital, os bioinsumos (dentro da vertente de economia de base ecológica), a intensificação sustentável e a edição genômica (tesouras biotecnológicas dos crispr): “São as quatro apostas que a Embrapa faz para seguir apoiando, dando mais competitividade e sustentabilidade ao agro brasileiro”.

(Da Embrapa)



 

 

  

 

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