Criada em 03/12/2019 às 10h17 | Agronegócio

Com 1,3%, agropecuária obtém maior alta do PIB, aponta IBGE

Resultado do campo se dá, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos com safra relevante no terceiro trimestre, segundo o LSPA divulgado em novembro, como milho (23,2%) e algodão herbáceo (39,7%). Os números foram divulgados pelo IBGE.

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O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% no 3º trimestre de 2019 frente ao 2º trimestre de 2019, na série com ajuste sazonal. Em relação a igual período de 2018, o crescimento foi de 1,2%. No acumulado em quatro trimestres terminados no 3º trimestre de 2019, o PIB registrou crescimento de 1,0%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB cresceu 1,0%, em relação a igual período de 2018.

Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,842 trilhão no 3º trimestre de 2019, sendo R$ 1,582 trilhão referentes ao Valor Adicionado e R$ 259,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. As informações completas sobre as Contas Trimestrais podem ser acessadas ao lado.

ALTA DE 0,6%

O PIB cresceu 0,6% no terceiro trimestre de 2019, em relação ao segundo trimestre de 2019, na série com ajuste sazonal. A maior alta foi da Agropecuária com crescimento de 1,3%, seguida pela Indústria (0,8%) e pelos Serviços (0,4%).

O crescimento na Indústria se deve às Indústrias Extrativas (alta de 12,0%, puxada pelo crescimento da extração de petróleo) e à Construção (1,3%). Recuaram no trimestre Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,9%) e Indústrias de Transformação (-1,0%).

Nos Serviços, os resultados positivos foram em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,2%), Comércio (1,1%), Informação e comunicação (1,1%), Atividades imobiliárias (0,3%) e Outras atividades de serviços (0,1%). Já os recuos foram nas atividades de Transporte, armazenagem e correio (-0,1%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%).

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (2,0%) e a Despesa de Consumo das Famílias (0,8%) tiveram variação positiva. Já a Despesa de Consumo do Governo (-0,4%) recuou em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços recuaram 2,8%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 2,9% na mesma comparação.

PIB CRESCEU 1,2%

Comparado a igual período de 2019, o PIB cresceu 1,2% no terceiro trimestre de 2019, o 11º resultado positivo consecutivo nesta comparação. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 1,1% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 1,8%.

A Agropecuária cresceu 2,1% em relação a igual período de 2018, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos com safra relevante no terceiro trimestre, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em novembro, como milho (23,2%) e algodão herbáceo (39,7%).

A Indústria cresceu 1,0% e a Construção, 4,4%, em sua segunda alta após vinte trimestres consecutivos de queda, nesta comparação. As Indústrias Extrativas também cresceram (4,0%), puxadas pela extração de petróleo e gás.

A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 1,6%, favorecida pelo efeito das bandeiras tarifárias.

Já as Indústrias de Transformação recuaram 0,5%, influenciadas, principalmente, pela queda da Fabricação de celulose, papel e produtos de papel; Fabricação de produtos químicos; Farmacêuticos e Metalurgia.

O valor adicionado de Serviços cresceu 1,0% na mesma comparação, com destaque para Informação e comunicação (4,2%) e Comércio (2,4%). Também houve avanços em Atividades imobiliárias (1,9%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%) e Outras atividades de serviços (0,9%). Já os resultados negativos foram em Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,6%) e Transporte, armazenagem e correio (-1,0%).

No terceiro trimestre de 2019, a Despesa de Consumo das Famílias teve expansão 1,9%, seu décimo trimestre seguido de avanço. A alta pode ser explicada pelo comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física e pela expansão da massa salarial real.

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,9% no terceiro trimestre de 2019, seu oitavo resultado positivo após quatorze trimestres de recuo. Este aumento foi puxado pela construção e pela produção de bens de capital. A Despesa de Consumo do Governo caiu 1,4% nesta comparação.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 5,5% e as Importações de Bens e Serviços subiram 2,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2019.

NO TERCEIRO TRIMESTRE

O PIB acumulado no ano até o terceiro trimestre de 2019 cresceu 1,0% em relação a igual período de 2018. Nesta comparação, a Agropecuária cresceu 1,4%, assim como a Indústria (0,1%) e Serviços (1,1%).

Na demanda interna, houve altas na Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%) e na Despesa de Consumo das Famílias (1,8%). Já a Despesa de Consumo do Governo recuou -0,7%. No setor externo, as Importações de Bens e Serviços cresceram 1,6%, enquanto que as Exportações de Bens e Serviços recuaram 2,0%.

TAXA ACUMULADA

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2019 cresceu 1,0% em relação ao mesmo período de 2018. Esta taxa resultou do avanço de 1,0% do Valor Adicionado a preços básicos e de 1,1% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. As taxas das atividades foram: Agropecuária (2,0%), Indústria (0,0%) e Serviços (1,1%).

Entre as atividades industriais, houve altas em Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,4%) e Construção (0,4%). Já as Indústrias da Transformação (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,9%) sofreram contração.
Nos Serviços, destacaram-se Informação e Comunicação (3,4%) e Atividades imobiliárias (2,7%). Também cresceram: Outras atividades de serviços (1,5%), Comércio (1,4%) e Transporte, armazenagem e correio (0,4%). Já Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,0%) ficaram estáveis, enquanto Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,1%) recuou.

A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 3,0% e a Despesa de Consumo das Famílias subiu 1,7%. Por outro lado, a Despesa de Consumo do Governo recuou 0,8%. Foi o nono trimestre de alta no Consumo das Famílias e o sexto de crescimento na Formação Bruta de Capita Fixo.

No setor externo, tanto as Exportações de Bens e Serviços quanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 1,3% e 2,4%, respectivamente.

R$ 1,8 TRILHÃO 

O Produto Interno Bruto no terceiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,842 trilhão, sendo R$ 1,582 trilhão referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 259,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2019 foi de 16,3% do PIB, a mesma que foi observada no mesmo período do ano anterior (16,3%). A taxa de poupança foi de 13,5% no terceiro trimestre de 2019 (ante 13,1% no mesmo período de 2018).

REVISÕES NAS CONTAS

Na divulgação do terceiro trimestre de cada ano, as Contas Nacionais Trimestrais têm a rotina de realizar uma revisão mais abrangente. Nesta divulgação, os principais pontos revistos são destacados a seguir.

Na Agropecuária, a diferença entre o resultado revisto e o original se deve, em grande parte, à incorporação dos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), a Produção da Pecuária Municipal (PPM) e a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS). Essas pesquisas foram incorporadas em substituição aos dados de pesquisas conjunturais no ano de 2018.

Na Indústria, as revisões se devem à atualização dos dados primários, entre eles a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF). Nos Serviços, os índices de volume de algumas atividades sofreram revisão em virtude da atualização dos dados primários. Pela ótica da despesa, as diferenças se devem às revisões no lado da oferta. (Do IBGE)   
            
            
            
            
            
            
            
            
            

Além disso, houve a atualização, em 2018, dos pesos segundo os resultados de 2017 do Sistema de Contas Nacionais Anuais e, ainda, a aplicação do algoritmo Denton para ajustar as séries. (Do IBGE)

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