A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja-TO) decidiu, enquanto instituição, não participar do ato em Palmas (TO) chamado de “Grito do Agro”. No entanto, deixou à vontade seus associados para estarem presentes ou não no evento.
Coerente e cautelosa, ao anunciar a não participação no dia 20, a Aprosoja-TO evita o risco de ser usada politicamente, mantém diálogo republicano com órgãos e instituições, reforçando a firme defesa da categoria e mantendo o foco no que precisa e é o seu papel: lutar pelos interesses dos produtores.
A questão ambiental, de fato, é relevante e precisa ser discutida pelo setor produtivo com os órgãos governamentais. Toda manifestação, desde que ordeira, é salutar e bem-vinda no processo. Porém, deve-se tomar cuidado com os reais interesses de quem está por trás mobilizando e incentivando ações como esta. Neste caso, a cautela da Aprosoja é providencial.
A entidade argumenta que “produtores estarão passando por momento decisivo em suas lavouras: colheita de soja e plantio de nova cultura de grãos, situação que demanda muito tempo e acompanhamento próximo de quem produz”.
A Aprosoja-TO avalia que já tem alcançado o alinhamento com o governo do Estado sobre questões que envolvem o setor produtivo, principalmente no que se refere à parte ambiental. Esse é o objetivo do evento, ou pelo menos é o que propaga o comando informal do ato. "Isso mostra um resultado positivo do nosso trabalho, realizado pouco a pouco a cada dia, e também nos dá esperança de que grandes conquistas estão por vir em 2025".
A Aprosoja-TO acerta ao não entrar institucionalmente em movimentos políticos. A entidade tem como missão defender os produtores.