Índice que representa uma estimativa da geração de renda do meio rural, o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do Estado do Tocantins fechará 2018 com uma leve alta de 1,63%. O índice se deve ao avanço das lavouras, principalmente a soja e arroz, por exemplo, que puxa para cima os resultados, enquanto a bovinocultura sofrerá queda.
Os dados constam em análise feita pelo Norte Agropecuário do recente estudo divulgado nesta semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Conforme os dados filtrados pelo Norte Agropecuário, o VBP do Tocantins para 2018 será de R$ 6.453.879.501. No ano passado, o índice fechou em R$ 6.560.098.594.
A estimativa da lavoura será 1,24% maior que em 2017, fechando este ano com R$ 4.334.868.161. Já, 2017 foi de R$ 4.280.563.455. A pecuária, entretanto, caiu. Em 2018, a estimativa do setor é de R$ 2.119.011.340. Em 2017, fechou o ano com R$ 2.279.535.139.
AS CULTURAS
A estimativa do VBP do arroz, por exemplo, será 23,4% maior que o resultado do ano passado. Este ano, o produto deve resultar em um total de R$ 492.817.570. Já em 2017, foi de R$ 643.441.983.
Já o milho terá crescimento de 4,94%, passando de R$ 345.559.232 em 2017 para R$ 363.543.892 neste ano. Já o VBP da soja tocantinense deve fechar o ano com aumento de 8,2% em relação ao ano passado. A estimativa deste ano é de a oleaginosa fechar 2018 com o valor de R$ 2.907.627.514. Em 2017, foi R$ 2.668.647.229.
Já o gado registra queda de 7,5%. No ano passado finalizou com o valor de R$ 2.133.909.983 e deve encerrar o ano com R$ 1.972.956.941.
OS NÚMEROS NACIONAIS
Em nível de Brasil, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) estimado até julho alcança R$ 563,5 bilhões, 2,2% menor que o apurado no ano de 2017 (R$ 575,9 bilhões). As lavouras tiveram redução de 0,6% e a pecuária de 5,3%, em relação ao ano passado.
Os produtos com melhor desempenho são algodão, com aumento real de 43,2%, cacau (28,6%), café (8,5%), soja (9,8%), tomate (17,2%) e trigo (62,3%). Esses seis produtos representam 37,6% do VBP. Algodão e soja apresentam destaques recordes de valor na série analisada, desde 1990. Ambos são beneficiados por preços mais elevados do que em 2017, e recordes de produção.
De acordo com José Garcia Gasques, coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, isso faz com que estados líderes nesses produtos, como Mato Grosso e Bahia, apresentem resultados excepcionais de faturamento neste ano.
Um grupo de produtos apresenta resultados desfavoráveis no comparativo com o ano passado. Entre estes encontram-se arroz, com queda real do valor de 20,8%, cana-de-açúcar (-7,3%), feijão (-29,1%), laranja (-19,6%), mandioca (-15,8%), e milho (-9,4%). Todos esses tiveram redução acentuada de preços e quantidades produzidas.
Como a safra de verão representa quase a totalidade da produção de grãos e já se encontra finalizada segundo a Conab, poucas alterações deverão existir ainda durante este ano, explica o coordenador geral do Mapa.
Na pecuária, todos os itens estão com valores inferiores aos de 2017. Os preços reais encontram-se em níveis menores que no ano passado, principalmente em suínos (-19,2%), frango (-6,3%), leite (-5,2%) e ovos (-11,5%). Preços internacionais mais baixos e redução do consumo interno, são apontados por Gasques como principais fatores que estão afetando o comportamento desse segmento. (Com informações do Mapa)
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