Criada em 15/03/2017 às 00h16 | Grãos

Com previsão de aumentar 120% a produção do milho safrinha, Tocantins deverá plantar 138 mil hectares da cultura

Os produtores plantam o milho logo após a colheita da soja. Segundo o 6° levantamento da Conab, divulgado nesta semana, a estimativa é aumentar em mais de 120% a produção de milho segunda safra, saindo de 292 mil toneladas na safra passada para 665 mil toneladas.

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A cultura do milho safrinha no Tocantins foi incluída no zoneamento Agrícola de Risco Climático a partir desta safra 2016/2017 (foto: Geovani Rodrigues)

Elmiro de Deus
DE PALMAS

A produção de milho safrinha, (chamada segunda safra) cultura que está em fase de plantio ganha destaque, principalmente, nos municípios de Campos Lindos, Pedro Afonso e Colinas do Tocantins. Em todo o Estado a área plantada para esta Safra 2016/2017 será de mais de 138 mil hectares, 44% a mais que na safra passada que foi de 95 mil hectares. Os produtores plantam o milho logo após a colheita da soja.

Segundo o 6° levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta semana, a estimativa é aumentar em mais de 120% a produção de milho segunda safra, saindo de 292 mil toneladas na safra passada para 665 mil toneladas nesta safra 2016/2017, um recorde no Estado.

Os municípios da região de Colinas, norte do Estado, envolvendo 17 municípios deve produzir 82,5 mil, ultrapassando as 10,5 mil toneladas do ano passado, um aumento de 685% na produção de grãos do milho safrinha. Já a área plantada deve aumentar em 328%, em relação à safra anterior, saltando de 3,5 mil para 14 mil hectares.

O município de Pedro Afonso, região Centro-Norte, também chama atenção pela expectativa de alta produtividade na produção de grãos do milho safrinha. A estimativa é colher em torno de 4,7 mil quilos por hectares, superando 3,6 mil quilos da última safra, um crescimento de 30% na produtividade do milho.

Segundo o engenheiro agrônomo da Seagro, Luan Bacin, alguns fatores contribuem para essa diferença de produção. “É importante ressaltar a situação climática do ano passado, por falta de chuva, mas nestas regiões os produtores utilizam de tecnologias para aumento da produtividade e, mais com as chuvas, os produtores estão acreditando em alcançar uma nova safra recorde”, ressaltou.

Luan Bacin lembra que a atividade agrícola é de risco e, por mais que as previsões apontem que as chuvas serão boas, o clima é incontrolável. “É uma das partes da atividade agrícola que não se pode intervir e, assim, fica a preocupação almejando um tempo favorável para que os agricultores possam produzir”, argumentou.

ZONEAMENTO DA CULTURA

A pedido da Secretaria da Agricultura junto ao Ministério da Agricultura, a cultura do milho safrinha no Tocantins foi incluída no zoneamento Agrícola de Risco Climático a partir desta safra 2016/2017. O mapeamento é um instrumento de gestão de riscos na agricultura. A ideia é minimizar os problemas relacionados aos fenômenos climáticos. Segundo o zoneamento, o período indicado para a semeadora do milho safrinha no Tocantins vai de 1° de janeiro a 20 de março. (Da SeagroTO)

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