Criada em 16/03/2018 às 12h57 | Agronegócio

Suzano e Fibria se unem para formar empresa líder mundial no mercado de celulose com valor estimado em R$ 83 bilhões

O BNDESPar receberá 8,5 bilhões de reais em dinheiro, bem como ações na nova empresa, segundo o comunicado. E mais: recebimento de ações da companhia resultante, com a perspectiva de valorização a partir dos ganhos sinérgicos e de produtividade advindos da transação.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de sua subsidiária de participações acionárias, a BNDESPAR, aprovou a consolidação entre as empresas Suzano e Fibria. As negociações foram conduzidas em comum acordo com a Votorantim S/A, com quem a BNDESPAR compartilha o controle da Fibria.

A operação consolida as duas maiores empresas de celulose do País, e transforma a companhia resultante na líder mundial em celulose de mercado. A composição da forma de pagamento ao BNDES concilia o recebimento de parte significativa em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, e o recebimento de ações da companhia resultante, com a perspectiva de valorização a partir dos ganhos sinérgicos e de produtividade advindos da transação.

O negócio fechado entre Fibria e Suzano avaliou a maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo em R$ 60 bilhões, afirmou a diretora de mercado de capitais do banco de fomento, Eliane Lustosa, nesta sexta-feira. Segundo ela, a nova empresa, resultante da fusão, será avaliada em aproximadamente R$ 83 bilhões – com uma dívida em torno de R$ 40 bilhões.

A NEGOCIAÇÃO

A operação garantiu o fortalecimento do mercado de capitais, conforme a missão do BNDES, e manteve uma empresa aberta no mercado brasileiro. Também foram negociadas melhorias de governança, que incluem a aprovação de uma política de indicação de conselheiros independentes. A companhia resultante deverá, por contrato, manter, no mínimo, o mesmo padrão de responsabilidade socioambiental em que as duas empresas já eram referência.

O processo negocial, de acordo com as melhores práticas de governança corporativa, também assegurou que os acionistas minoritários recebam dinheiro e ações nas mesmas condições dos controladores.

A BNDESPAR seguirá com participação relevante empresa resultante, mas será minoritária. Dessa forma, o BNDES dá prosseguimento à sua estratégia corporativa, de monetização a preços adequados de participações societárias maduras em grandes empresas, permitindo a geração de caixa para novos investimentos em fundos de apoio a empresas startups e scale-ups, entre outras.

A operação é inteiramente garantida por consórcio de bancos privados e sua conclusão está sujeita à aprovação de agências antitruste.

A BNDESPAR

O fim das negociações encerra ciclo exitoso de participação da BNDESPAR na Fibria, que teve início em 2009, com aporte de capital para a criação da empresa resultante da combinação entre Votorantim Celulose e Papel e Aracruz Celulose.

Desde então, a Fibria obteve resultados em diversas dimensões, desde o fortalecimento das práticas de governança — notadamente a migração para o Novo Mercado —, o robustecimento da sua estrutura de capital e a obtenção do grau de investimento.

As ações prepararam a companhia para um ciclo de expansão que resultou no fortalecimento da indústria nacional de celulose e gerou aumento de exportações, com reflexos na balança comercial e na geração de empregos. (Com informações do BNDES e agências nacionais e internacionais)

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