Criada em 22/11/2017 às 12h01 | Exportações

Governo russo impõe restrições à carne suína brasileira por detectar substâncias como ractopamina e outros estimulantes

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que as restrições da Rússia à carne bovina e suína do Brasil se referem apenas a algumas empresas e que essas companhias devem corrigir o problema identificado.

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O serviço veterinário e fitossanitário da Rússia anunciou que vai impor restrições temporárias à carne bovina e suína do Brasil a partir de 1º de dezembro. Segundo o departamento russo, a medida se deve à detecção na carne exportada de substâncias como ractopamina e outros estimulantes para o crescimento da massa muscular dos animais. 

O governo russo diz ainda que, "para regular a situação e obter informações confiáveis do lado brasileiro", enviou uma proposta ao Ministério da Agricultura, no dia 16 de novembro, para conversar o mais rápido possível. "No entanto, o diálogo com o lado brasileiro não ocorreu até o presente", diz o departamento russo.

O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que as restrições da Rússia à carne bovina e suína do Brasil se referem apenas a algumas empresas e que essas companhias devem corrigir o problema identificado.

PEDIDO DE DOCUMENTOS

O Ministério da Agricultura confirmou nesta terça-feira, 21, que técnicos do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) conversaram nesta mesma data por videoconferência com integrantes do Rosselkhoznadzor, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, sobre “a presença de ractopamina na carne suína brasileira exportada para aquele país”. A notícia de que os dois países conversariam sobre o assunto foi dada pela manhã pelo Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado).

“O ministério informa ainda que até o presente momento não recebeu por parte do governo russo nenhuma notificação de suspensão das carnes bovina e suína brasileira, mas apenas a notificação sobre a presença de ractopamina”, diz a pasta.

Segundo o Dipoa, em nota, o Brasil utiliza o sistema de segregação de suínos para a exportação de carne para Rússia, “o que impossibilitaria a detecção de ractopamina conforme informação prestada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária russo”.

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