Criada em 23/04/2018 às 11h48 | Agricultura

Preços de farelo e óleo de soja sobem, mas os do grão recuam, aponta estudo do Cepea; cotação do milho apresenta queda

Pesquisadores do Cepea afirmam que o aumento nos preços dos derivados está atrelado às expectativas das indústrias brasileiras de ganhar maior fatia na comercialização internacional desses produtos, devido à quebra na safra de soja na Argentina.

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Os valores de farelo e óleo de soja subiram nos últimos dias; quanto ao grão, por outro lado, as cotações registraram queda. Pesquisadores do Cepea afirmam que o aumento nos preços dos derivados está atrelado às expectativas das indústrias brasileiras de ganhar maior fatia na comercialização internacional desses produtos, devido à quebra na safra de soja na Argentina (maior exportador mundial de farelo e óleo de soja).

A valorização do farelo e do óleo no Brasil, no entanto, acabou limitada pela menor demanda interna. Para o farelo, consumidores domésticos indicam ter estoques curtos, mas preferem comprar o insumo aos poucos, porque muitos suinocultores e avicultores estão com margens reduzidas e/ou negativas.

Quanto ao óleo, as compras do segmento de biodiesel estão enfraquecidas. Neste caso, verifica-se disparidade entre os valores de compra e de venda, mas, no geral, os fechamentos ocorrem nos patamares ofertados pela indústria. Em relação à soja em grão, por sua vez, os preços recuaram devido à maior oferta no Brasil, da queda internacional e da recente desvalorização do dólar frente ao Real.

PREÇO DO MILHO

As cotações do milho estão em queda na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Indústrias têm ofertado valores menores, alegando ter estoques confortáveis no curto prazo. Vendedores, por sua vez, acabam sendo mais flexíveis nos preços, diante do maior volume disponível no Centro-Oeste e também proveniente da colheita em São Paulo e em Minas Gerais.

Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa recuou 2,75% entre 13 e 20 de abril, fechando a R$ 38,82/sc de 60 kg na sexta-feira, 20. No campo, o clima seco em regiões de milho segunda safra do Paraná e de Mato Grosso do Sul deixam agentes em alerta. Alguns produtores do Paraná, inclusive, preocupados com o rendimento das lavouras, já reduzem o ritmo de venda. Caso as precipitações não ocorram nos próximos dias, o desenvolvimento das lavouras pode ser prejudicado.

COTAÇÃO DA MANDIOCA

O ritmo de colheita de raízes mais novas tem aumentado gradativamente em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Ao mesmo tempo, a demanda industrial segue estável, uma vez que ainda há ociosidade na indústria de fécula, devido ao pouco interesse pela formação de estoques. Parte das fecularias diminuiu os dias trabalhados, por causa do feriado do dia 21 (Tiradentes), mas, ainda assim, a quantidade processada aumentou ligeiro 0,7%. Porém, a ociosidade segue alta, com média semanal de 43% da capacidade instalada. Neste cenário, as cotações caíram. A média semanal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 516,80 (R$ 0,8988 por grama), 1,8% abaixo do preço médio do período anterior. (Do Cepea)

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