Criada em 08/04/2019 às 18h06 | Agricultura

Fast-k: Método rápido de avaliar potássio em soja é apresentado pela Embrapa em feira tecnológica

A Embrapa Soja está presente na Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO), onde demonstra o teste foliar que avalia a campo a concentração de potássio (k), macronutriente fundamental para o desenvolvimento da soja. O Fast-k permite corrigir possíveis deficiências nutricionais.

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A proposta da tecnologia é melhorar o manejo nutricional da soja. (Foto Divulgação Embrapa)

Lebna Landgraf
DE RIO VERDE (GO)

A Embrapa Soja (PR) apresenta, durante a Tecnoshow, feira realizada de 8 a 12 de abril, em Rio Verde (GO), teste foliar que avalia a campo a concentração de potássio (K), macronutriente fundamental para o desenvolvimento da soja. O pesquisador da Embrapa Adilson de Oliveira Jr ministra palestra sobre a tecnologia Fast-k neste dia 8, às 14h30, no Auditório da Casa da Embrapa na Tecnoshow. A outra palestra será realizada no dia 9 de abril, no Auditório 2 da Comigo. As palestras são gratuitas e as inscrições podem ser feitas no local do evento.

O Fast-k permite corrigir possíveis deficiências nutricionais com agilidade, pois substitui as atuais análises laboratoriais convencionais mais demoradas. Porém, as análises laboratoriais continuam sendo importantes para a avaliação dos demais nutrientes.

A proposta da tecnologia é melhorar o manejo nutricional da soja, de acordo com o pesquisador Adilson de Oliveira Jr. “Ao realizar o teste foliar no campo, a assistência técnica ganha tempo para tomar as decisões mais acertadas em relação à correção da deficiência de potássio ainda na safra em curso, uma vez que o potássio tem influência direta na produtividade”, detalha o pesquisador.

O potássio é o segundo nutriente mais exportado pela soja, atrás apenas do nitrogênio, que é fornecido via fixação biológica de nitrogênio (FBN). Estudos desenvolvidos pela Embrapa indicam que, em média, a soja demanda 20 quilos de óxido de potássio (K2O) por hectare para cada tonelada de grãos produzida. O nutriente é retirado pelas plantas do solo que, com o tempo, vai ficando sem o elemento. “Essa alta exportação de potássio quando não é reposta nas quantidades exportadas pode levar à redução da disponibilidade do nutriente no solo e, consequentemente, a redução de produtividade”, explica Oliveira Jr.

Como funciona o Fast-K - A primeira etapa do método Fast-K envolve a coleta de cinco a dez folhas de soja. A amostragem deve representar a condição média do talhão, ou ainda, contrastando condições e plantas com e sem sintomas, em áreas com suspeita de deficiência de potássio. Após a coleta, as folhas precisam ser pesadas (1,5 a 2,5 g de folhas recém amostradas) em balança portátil (precisão de 0,1 g e capacidade máxima de 500g). Posteriormente, serão maceradas junto com uma pequena quantidade de água para se obter uma massa fresca que será passada por um filtro de papel. 

A solução líquida obtida será inserida em um aparelho chamado “medidor portátil de íons” (Horiba Laqua twin® ou similar), equipamento capaz de fazer a leitura e determinar a concentração de potássio em amostras líquidas. O detalhamento da metodologia pode ser acessado no hotsite www.embrapa.br/soja/fast-k.

Custo da tecnologia - Segundo Oliveira Jr., o custo para a utilização do Fast-K será de aproximadamente R$ 3.500,00, considerando a aquisição do medidor portátil, balança, entre outros componentes descritos na metodologia. O pesquisador ressalta que o Fast-K não substitui a análise foliar realizada nos laboratórios as quais, além do K, diagnosticam o estado nutricional das plantas para os demais macro e micronutrientes. (Da Embrapa Soja)

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