Em meio à crise provocada pela queda do preço do gado para o produtor, pecuaristas de Araguaína e cidades vizinhas definiram ontem pauta de reivindicações em busca da solução para o problema. A pauta conta com cinco itens principais. Entre eles, estão a definição de conter a oferta de gado para abate e reivindicar junto ao governo do Estado redução da alíquota do ICMS ( Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) para venda de gado do Tocantins para outros Estados. Atualmente, o índice é de 7%. Os criadores sugerem índice em torno de 3%.
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De acordo com o economista e pecuarista Wagner Borges, diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Araguaína (SRA), mais de 300 criadores de gado participaram de reunião na sede do sindicato nessa quinta-feira, 29. A reunião discutiu a crise do setor, que resultou, por exemplo, na queda de 11% do preço do gado para o produtor.
A categoria estabeleceu valor mínimo de R$ 130 a arroba para abate. A orientação é para vender neste preço. Caso contrário, ninguém venderá até segunda assembleia, marcada para o próximo dia 13.
Segundo Borges, as outras medidas definidas em assembleia foram: “Implantar um programa para o produtor vender seu gado na balança de sua fazenda, criar uma câmara de compra e venda de gado para abate na Valecoop posteriormente para gado de reposição também e também colocar balanças do produtor nos frigoríficos para os produtores que não tenham como pesar nas fazendas”.
MOBILIZAÇÃO
Os produtores prometem se mobilizar para que as reivindicações sejam atendidas pelo governo do Estado e os demais alvos dos pedidos. Uma audiência será solicitada ao Executivo do Tocantins. Borges informou que outra frente de atuação é buscar apoio de parlamentares. Na reunião dessa quinta-feira, apenas um parlamentar esteve na assembleia: Olyntho Neto (PSDB).
RESPOSTA DO ESTADO
Em resposta ao Norte Agropecuário, a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), por meio de sua assessoria de comunicação, informou que após ser consultada oficialmente pelos produtores, fará estudo de viabilidade da reivindicação.
“A Secretaria da Fazenda não pode afirmar nada sem antes fazer um estudo técnico sobre o assunto. Entretanto, o Governo do Estado está atento às pautas de interesse econômico do Estado. Se viável, porque não atender?”, informou a Sefaz.
A secretaria diz entender que “todos têm direito de reivindicar e estão certos em procurar o que for melhor para o seu setor”. “A Sefaz está à disposição para manter o diálogo e o equilíbrio econômico do Estado. Esse é o papel da instituição”, informou a assessoria.
A alíquota de 7% vale desde 17 de maio de 2016, informa a Sefaz. “Técnicos da Secretaria da Fazenda precisam estudar primeiro a situação e somente com uma análise mais criteriosa é que a Pasta poderá se manifestar sobre o assunto”, finalizou.
Mais de 300 pecuaristas participaram de reunião em Araguaína
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