Na semana passada, uma equipe do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), das Nações Unidas, visitou o interior do Piauí para avaliar os resultados do programa Viva o Semi-Árido, que teve início em 2013, e como novas ações. O rendimento é de 30% das pessoas mais per capita R $ 70 por mês e 18% até $ 140 mensais. O projeto, que conta com recursos da ordem de US $ 40 milhões, é composto por membros da ONU, é voltado a mulheres, jovens e comunidades quilombolas de 89 municípios do interior do Piauí. “Visitamos as áreas atendidas e constam os resultados dos elementos”, diz Haidi Vieira, oficial de programa do FIDA.
O projeto beneficiou quase 72.500 pessoas, sendo cerca de 50 mil mulheres, que participaram de atividades direcionadas à agricultura familiar, ovinocultura, avicultura, apicultura e artesanato, entre outras. Cerca de 75% do público conquistou um aumento de 20% da renda mensal. “Em muitos casos, isso significa sair da faixa de pobreza”, explica Vieira.
O programa tem várias opções - uma coisa acontece dentro de casa. Os moradores são incentivados a cultivar hortas, com orientações sobre as espécies que têm mais resistência ao tempo quente e seco do semiárido. Para isso, contam com os métodos de irrigação, viabilizados por meio de equipamentos de reutilização da água e construção de cisternas. A comida é uma das pessoas mais produtivas, com alimentos adaptados às condições de solo e meteorológicas da região, com o objetivo de enriquecer como as refeições eo renda. Os resultados obtidos são, com uma queda de 10% na desnutrição infantil nos últimos 5 anos.
São oferecidos também cursos de elaboração de projetos, manejo alimentar e sanitário, gestão financeira, técnicas de cultivo do melão e atividades pecuárias da região. Muitos outros começaram um jogo de cooperação que processam e vendem castanha de caju e mel, entre outros alimentos. "A castanha tem sido exportada para a Itália e o mel é vendido em sachês para o mercado nacional", explica Vieira.
PRÓXIMA FASE
Em uma próxima etapa, devem ser feitas dessalinizadores à base de energia solar. Os recursos hídricos do semiárido em geral apresentam índices elevados de sal e por isso não são próprios para o consumo. Os novos equipamentos foram condicionados para um número maior de pessoas.
Nos próximos dois anos, outro programa deve ser somar ao Viva o Semi Árido. Está prevista a liberação de mais de US $ 200 milhões do Fundo Verde do Clima, também da ONU, de iniciativas focadas na adaptação às mudanças climáticas, para todo o nordeste. Os recursos devem ser direcionados para recuperação de áreas degradadas, acesso à água e incentivo à produção agroflorestal. “Será mais um tópico importante no desenvolvimento de uma região às voltas com altos índices de pobreza”, diz Vieira. ( Do Globo Rural)
Deixe um comentário