Criada em 08/05/2018 às 18h36 | Agronegócio

Seder monta minifazenda na Agrotins, recriando uma pequena propriedade familiar com potencial para o turismo rural

A minifazenda tem criações de gado, aves e caprinos, tanque de peixes, e produção de abóbora, milho e mandioca. Fica 50 metros à esquerda da entrada da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins e é uma iniciativa da Prefeitura de Palmas por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural.

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A intenção é mostrar aos produtores locais que mesmo em pequenas propriedades é possível ter um negócio voltado ao ecoturismo. (Foto Júnior Suzuki / Secom Palmas)

Juliana Matos
DE PALMAS (TO)

Para mostrar que as típicas propriedades rurais da região de Palmas podem se transformar em negócios de grande potencial através de novos nichos da agroindústria, a Prefeitura de Palmas abriu à visitação nesta terça-feira, 08, a Fazendinha Água Doce, uma réplica de uma pequena propriedade familiar dedicada à produção de alimentos e criação de animais organizada para atender demanda regional de turismo rural. A minifazenda fica 50 metros a esquerda da entrada da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) 2018.

Na minifazenda, há criação de gado, de aves, tanque de peixes, criação de caprinos, além de produtos da produção agrícola, como abóbora, milho e mandioca. O secretário de Desenvolvimento Rural, Roberto Sahium, explica que a intenção é mostrar aos produtores locais que mesmo em pequenas propriedades é possível ter um negócio voltado ao ecoturismo. "Isso aqui é uma réplica de uma propriedade típica da nossa região, mas que com organização e planejamento pode usar de conceitos hightech como a energia solar e ainda garantir fonte de renda através de conceitos sustentáveis como o turismo rural", explicou.

Dezenas de estudantes de Palmas e cidades vizinhas que estiveram nesta manhã no local e puderam conhecer esses conceitos da agroindústria na prática, como o engenho para moagem de cana que exemplifica a tecnologia agroindustrial usada no norte de Goiás em 1940. O estudante João Vítor Ferreira de Sousa de Porto Nacional se interessou pela demonstração de geração de energia solar para alimentação de sistema de bombeamento de água para tanque de peixes. “Isso foi o que mais me chamou muito a atenção. É uma tecnologia avançada que pode ajudar pequenas propriedades. Tenho parentes que tem propriedades, vou indicar para eles”, disse o aluno.

Estandes

Montada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (Seder) com apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Fundação de Meio Ambiente (FMA), a minifazenda oferece aos visitantes ainda palestras e minicursos sobre os temas ali demonstrados durante todo o dia até o dia 12 de maio. No estande da FMA, por exemplo, produtores rurais podem conhecer uma sementeira, ganhar uma muda de planta frutífera e receber orientações sobre como realizar o plantio e manejo de um pomar, por exemplo. No local também acontece coleta de resíduos de óleo de cozinha usado que será usado, com ajuda do projeto Palmas que te Acolhe, para produção de sabão artesanal.

Já no estande da Semed, é demonstrada a variedade de produtos oriundos do projeto Roça na Escola, que garante a produção de alimentos frescos nas escolas e centros de educação infantil da Capital, e do projeto Roça para a Escola, que utiliza cinco hectares de terreno situado ao lado da Agrotins para produção ao longo do ano de alimentos como mandioca e milho para abastecimento das 73 unidades escolares de Palmas. Ainda este ano, parte dessa área também receberá produção irrigada de abóboras e melancias.

Estes projetos são exemplos do trabalho desenvolvido na rede municipal de Educação da Capital para introdução de conceitos de agroecologia. A aluna do 9º ano da Escola de Tempo Integral (ETI) João Beltrão Ana Clara Araújo e Silva disse que tem duas aulas semanalmente voltadas para essa temática. “Gosto das aulas, depois que comecei a aprender mais sobre produção, minha mãe também se interessou e acabou fazendo uma horta mesmo tendo pouco espaço no quintal onde também ajudo. Lá a gente produz alface, coentro, cebolinha, salsa”, contou Ana Clara.

Turismo na zona rural

Multiplicar os conceitos de produção sustentável também é o foco do trabalho da Associação Água Doce, que realiza junto com o Município e outros parceiros, a capacitação de produtores da região da Bacia do Ribeirão Taquaruçu. “Acreditamos na ideia de que é possível reverter práticas que venham a impactar a bacia através de conceito de produção agroflorestal. É algo que estimula o turismo na região e que já temos iniciativas que já são atrativos”, disse Ruy Bucar, diretor da associação.

Segundo Bucar, a região dos distritos de Taquaruçu, Taquaruçu Grande e Buritirana já possui pelo menos 50 atrativos agroflorestais, a exemplo de propriedades que abre suas porteiras para visitantes em época de pomar cheio, por exemplo. Algumas dessas propriedades são, segundo Bucar, a Fazendinha da Serra e a Quinta Santa Bárbara e que também são atendidas pelo projeto do Polo Turístico de Taquaruçu, desenvolvido com apoio da Fundação Cultural de Palmas e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). (Da Secom Palmas)

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