Criada em 16/01/2019 às 09h43 | Grãos

Janela de plantio da soja termina com registro de 1 ocorrência de ferrugem asiática no Tocantins; são 162 casos em todo país

No mesmo período da safra passada já haviam sido registrados 131 casos no Brasil entre os dias 16/11/2017 e 10/01/2018. Esse índice representa aumento de 23% na safra 2018/19. Até o final do ciclo 2017/18 os casos registrados chegaram ao número de 643 até o dia 05/06/2018.

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Produtores rurais do Estado do Tocantins têm cinco dias úteis para apresentar cadastro na Adapec (foto: Sistema Famasul\Divulgação)

Terminou nessa terça-feira,15, o prazo da janela de plantio da soja sequeiro no Tocantins para a Safra 2018/2019, a mesma teve início no dia 1º de outubro. A Agência de Defesa Agropecuária estabeleceu a janela de plantio, como medida de controle da Ferrugem Asiática na cultura da oleaginosa. A partir de agora os produtores rurais que cultivam a soja tem mais cinco dias úteis para fazer o cadastramento obrigatório da área plantada.

De acordo com dados divulgados pelo Consórcio Antiferrugem, já são 162 ocorrências identificadas em lavouras comerciais espalhadas por 11 diferentes estados, com destaque para o Paraná, que lidera o ranking com 51. O Tocantins teve uma ocorrência, segundo o consórcio, na região sul do Estado.

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No mesmo período da safra passada, já haviam sido registrados 131 casos de ferrugem asiática no Brasil entre os dias 16/11/2017 e 10/01/2018. Esse índice representa aumento de, aproximadamente, 23% nesta safra 2018/19. Até o final do ciclo 2017/18 os casos registrados chegaram ao número de 643 até o dia 05/06/2018.

Para a pesquisadora da Embrapa Soja que atua junto ao Consórcio Antiferrugem, Cláudia Godoy, esse aumento em relação à safra passada se dá justamente devido a antecipação do aparecimento da doença nesse ciclo, uma vez que os plantios aconteceram mais cedo em diversas regiões.

“O cenário no início do ciclo era propício à ferrugem com muita chuva e os plantios acontecendo mais cedo. No mês de dezembro várias áreas passaram por estiagem, o que diminuiu o ritmo de avanço dos esporos. As lavouras que foram plantadas depois do dia 15 de outubro e no mês de novembro, que continuam no campo, são as que preocupam daqui para a frente e o produtor deve ficar atento e manter as aplicações preventivas conforme o planejado”, explica Cláudia Godoy.

Os casos registrados estão nos estados do Paraná (51), Rio Grande do Sul (44), Mato Grosso do Sul (20) e Goiás e Mato Grosso (10 cada), Santa Catarina (08), São Paulo e Minas Gerais (07), Rondônia e Maranhão (02) e Tocantins (01).

CADASTRO NO TOCANTINS

Para realizar o cadastro, o sojicultor do Tocantins deve procurar o escritório da Adapec do município onde está a área plantada e preencher o formulário, ou se preferir, acessar o site http:/adapec.to.gov.br/vegetal/, preencher as informações e entregar na Agência. “O produtor deverá emitir o DARE (Documento de Arrecadação de Receitas Estaduais) no site www.sefaz.to.gov.br, e efetuar o pagamento para finalizar o cadastro”, explicou o Inspetor de Defesa Agropecuária, Cleovan Barbosa, acrescentando que até o momento já foram cadastrados no sistema online 159.490 ha.

O presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha, pontuou a importância de se fazer o cadastramento anual do plantio da soja. “Na última safra, a Adapec realizou o monitoramento de pragas em mais de 1.400 propriedades no Tocantins, com o propósito de mantermos o controle da Ferrugem Asiática e outras pragas que acomete a oleaginosa, mais é importante que os produtores realizem o cadastro das suas áreas plantadas”, ressaltou Alberto.

“Por meio de portaria, uma medida legislativa, a calendarização do plantio de soja atua no controle de pragas uma vez que contribui para o retardamento do aparecimento do fungo e evita o plantio sucessivo da cultura, diminuindo assim, o risco de resistência aos fungicidas disponíveis no mercado. Essa semana os trabalhos foram intensificados pelos nossos inspetores de campo em todo o Estado. Até o momento as pragas em geral estão sobre controle, sobretudo, àquelas de controle oficial, como a Ferrugem Asiática e o Amaranthus palmeri que continua ausente no Estado, graças ao trabalho preventivo de monitoramento de nossos técnicos”, pontuou o Inspetor de Defesa Agropecuária, Marley Camilo. (Com informações da Adapec, Notícias Agrícolas e Portal do Agronegócio)

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