Criada em 10/03/2018 às 17h32 | Investigação

Livres da cadeia, irmãos Joesley e Wesley Batista, que comandavam JBS, não poderão manter contatos

O executivo Joesley Batista, dono da holding J&F - controladora do grupo JBS, saiu na noite dessa sexta-feira, dia 9, da carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde estava preso preventivamente há cerca de seis meses, desde setembro do ano passado.

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Em fevereiro o STJ determinou, após a soltura de Wesley: “Ficará proibido de se aproximar ou ter contato com outros réus e testemunhas” (foto: Reprodução/Internet)

Por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os irmãos e empresários Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, estão proibidos de se falar – a medida é adotada corriqueiramente para alvos de um mesmo processo, caso dos irmãos, acusados de insider trading – uso de informação privilegiada de suas próprias delações premiadas na Procuradoria-Geral da República para lucrar no mercado financeiro, em abril de 2017. “Ficará proibido de se aproximar ou ter contato com outros réus e testemunhas”, decretou o STJ, em fevereiro, quando mandou soltar Wesley.

O executivo Joesley Batista, dono da holding J&F - controladora do grupo JBS, saiu na noite dessa sexta-feira, dia 9, da carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde estava preso preventivamente há cerca de seis meses, desde setembro do ano passado.

A decisão de soltar o empresário foi do juiz federal Marcos Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília. Segundo o magistrado, a prisão do executivo era “flagrantemente aviltante ao princípio da razoável duração do processo”, já que a conclusão da instrução criminal deveria durar até 120 dias.

SAUD É LIBERTADO

Também foi beneficiado pelo habeas corpus concedido nesta sexta-feira (9) o ex-diretor do grupo, Ricardo Saud, que foi preso junto com Joesley, mas estava detido na penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele também já deixou a prisão. O juiz Marcos Vinícius Reis Bastos ainda determinou que os dois executivos entregassem seus passaportes.

Os executivos estavam presos preventivamente após terem sido acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de obstrução de Justiça, por supostamente terem ocultado informações em seus acordos de delação premiada.

A PGR pediu a rescisão dos acordos ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o juiz Reis Bastos ressaltou que as delações ainda não tiveram a respectiva revogação homologada, motivo pelo qual os executivos ainda gozam de imunidade penal, também não podendo, dessa maneira, permanecer presos em decorrência das investigações ligadas ao inquérito de organização criminosa do qual são alvo na Justiça Federal no Distrito Federal.

Mesmo soltos, Ricardo Saud e Joesley Batista devem usar tornozeleira eletrônica, por força de uma medida cautelar vigente em outra investigação sobre manipulação de mercado financeiro. (Com informações da Agência Brasil e do Estadão)

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