Criada em 21/09/2017 às 11h22 | Agronegócio

Diversidade das raças domésticas fortalece cooperação entre Brasil e Estados Unidos

Pesquisadores brasileiros e norte-americanos já compartilham os dados contidos no Alelo Animal - ferramenta construída por estes parceiros ao longo de quase uma década e que reúne mais de 12 mil animais.

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Harvey Blackburn (esquerda) e Samuel Paiva (direita) discutem a continuidade da cooperação científica entre Brasil e EUA (Foto: Claudio Bezerra\Embrapa)

Deva Rodrigues
DE BRASÍLIA (DF)

A diversidade das raças domésticas do Brasil e dos Estados Unidos assemelha-se em termos de variabilidade e é uma grande aliada da ciência, em especial dos cientistas dedicados ao melhoramento genético animal, tema que ganha destaque quando se trata da importância das pesquisas nessa área para garantir, entre outros pontos, a segurança alimentar. Esta pauta motivou a visita do diretor do Centro Nacional de Preservação de Recursos Genéticos (NCGRP) do ARS/USDA, Harvey D. Blackburn, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), Unidade que em parceria com aquela instituição partilha uma base única de dados nesse campo, o Alelo Animal.

Harvey Blackburn comentou que a ideia da visita é de avaliar resultados de projetos conjuntos e discutir possibilidades para fortalecer e expandir a cooperação científica entre os dois países – estabelecida formalmente em 1988 quando da instalação do Labex Estados Unidos, Programa de Laboratórios Virtuais no Exterior.

Segundo o pesquisador Samuel Paiva, que até janeiro deste ano participava do projeto cientista visitante no NCGRP, a interação entre os cientistas brasileiros e norte-americanos neste campo sinaliza possibilidades de novos projetos e, inclusive, da inclusão de outros colegas. “A ideia é de multiplicar as parcerias”, diz Paiva.

Samuel Paiva e Harvey Blackburn apostam na diversidade das raças domésticas enquanto um fator preponderante para o avanço das pesquisas relacionadas ao agronegócio. Por isso mesmo eles acreditam que fortalecer o intercâmbio de material genético é um passo importante nessa cooperação entre os dois países. Na prática pesquisadores brasileiros e norte-americanos já compartilham os dados contidos no Alelo Animal - ferramenta construída por estes parceiros ao longo de quase uma década e que reúne mais de 12 mil animais e seus descritores fenotípicos, genotípicos e moleculares, árvore genealógica (pedigree), além de mais de um milhão de amostras de DNA, sêmen e sangue conservados em bancos de nitrogênio líquido (a 196ºC abaixo de zero).

Além de reunir-se com Samuel Paiva, parceiro em pesquisas neste campo e participante do programa cientista visitante no NCGRP, Harvey também participou de vídeo conferência com equipes que atuam com melhoramento animal na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE), Embrapa Suínos e Aves (Concórdia-SC) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE). (Da Embrapa)

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