Criada em 23/10/2018 às 09h40 | Piscicultura

Solução apresentada por estudantes de Ciência da Computação vence maratona tecnológica realizada em Palmas, no Tocantins

Gerenciamento tecnológico para a piscicultura desenvolvido por acadêmicos da UFT facilita vida de produtores. Além da equipe campeã, outras duas foram premiadas. Evento é uma parceria entre Embrapa e a UFT voltada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas em áreas de atuação da empresa.

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Hackathon Desafios dos Peixes foi realizado neste final de semana em Palmas; Os alunos vencedores foram: Willyãn, Rômane e Levi, da esquerda pra direita (Fotos: Clenio Araujo/Embrapa)

Clenio Araujo
DE PALMAS (TO)

Uma opção digital para o piscicultor monitorar e controlar melhor seu empreendimento. Foi essa a solução tecnológica vencedora do hackathon Desafios dos Peixes, realizado neste final de semana em Palmas-TO. Parceria entre a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Embrapa Pesca e Aquicultura, a maratona tecnológica contou com cinco equipes que chegaram até o final e apresentaram suas soluções.

Levi Barbosa Rodrigues Fonseca, Rômane Moreira Ribeiro Santos e Willyãn Arruda de Araújo são estudantes do primeiro período do curso de Ciência da Computação da UFT. A equipe deles, chamada Turing, sugeriu o Fish Tech: gerenciamento para piscicultura. Os alunos ficaram em primeiro lugar e, como premiação, irão para o Campus Party de São Paulo, evento que acontece entre 12 e 17 de fevereiro do ano que vem.

Quem explica a ideia é Willyãn: “hoje em dia, quando se fala em tecnologia, já é comum pensar num software, voltado pra uma plataforma que desenvolve tarefas, ações pra facilitar o cotidiano; no caso, a piscicultura. Nós quisemos pensar um pouco além disso: desenvolvemos também uma parte de hardware. E juntamente com uma plataforma, que tem que existir obrigatoriamente, ela coleta essas informações simultaneamente de tanques de peixe da piscicultura semi-extensiva”.

O estudante continua: “com base nesses dados, ela manda pra um servidor onde tem a nossa plataforma, que está gerenciando isso e mostrando de uma forma mais adequada para o agricultor que não tem tanto conhecimento sobre esse assunto. E ele pode estar sabendo como está sua propriedade, se ela está saudável, se todos os seus animais estão sendo alimentados corretamente, estão tendo as necessidades físicas atendidas”.

Ele acredita que a solução apresentada pode trazer benefícios para o produtor. “Na agricultura, a gente fala agricultura de precisão, que é obter os melhores resultados e mais precisos. Eu vejo isso também como aquicultura de precisão, em que melhorar a precisão desses resultados que a gente consegue obter atualmente por análises laboratoriais demanda um tempo pra isso ocorrer. Mas a gente está trazendo esse novo método, que é fazer uma análise através de sensores também confiáveis pra estar gerenciando isso de uma melhor forma”.

Parceria que promete novos frutos – O hackathon foi a primeira ação efetiva da parceria entre a Embrapa e a UFT voltada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas em áreas de atuação da empresa de pesquisa agropecuária. Os participantes da maratona tinham três eixos temáticos para proporem suas soluções: pesca artesanal; inteligência territorial; e piscicultura. A proposta era ajudar a responder à pergunta-tema “Como melhorar a experiência de pesca e aquicultura utilizando facilidades digitais no Tocantins?”.

O hackathon fez parte da XI Semana Acadêmica do Curso de Ciência da Computação da UFT, a Seccomp. Para o professor Tiago de Almeida, um dos organizadores tanto da semana como do hackathon, a maratona atingiu o objetivo: “eu acredito que ela foi muito produtiva, foi muito boa. As equipes apresentaram propostas muito interessantes e foi muito bacana que são equipes muito diversas, com características diversas, de outras instituições também, de períodos diferentes do curso. E todos eles trouxeram ideias interessantes. Então, foi muito produtivo, foi muito bacana o evento”.

Opinião semelhante tem Alexandre Freitas, chefe geral interino da Embrapa Pesca e Aquicultura: “minha avaliação é que o evento foi extremamente positivo. Foi um primeiro feito aqui em Palmas em parceria com a UFT. Eu acredito que outros virão e também passarão a compor a nossa agenda de trabalho”. Tiago acredita que a realização desse primeiro hackathon abre uma perspectiva de estreitamento da parceria entre as duas instituições na área de tecnologia. “Espero que haja essa parceria mesmo, que a Embrapa traga as demandas e que a gente consiga suprir as demandas da Embrapa também. É uma parceria, uma sinergia que eu acho que tem tudo pra dar certo. Tem muito potencial”, afirma.

Segundo Alexandre, a maratona atingiu seus objetivos: “primeiro: aproximar esses alunos de tecnologia da informação da realidade da aquicultura, colocando pra eles um desafio que eles buscassem junto com auxílio da nossa equipe buscassem solucionar algum problema. Das propostas que foram apresentadas, inclusive a campeã, eu particularmente acho que foi plenamente atendido. Acho que eles se debruçaram sobre o tema, apresentaram soluções”, explica. E completa afirmando que o hackathon também serviu para mostrar à equipe técnica da Embrapa “as possibilidades que existem nesse mundo que se abre da agricultura 4.0, da internet das coisas, da necessidade de automação, de se buscar ferramentas digitais na solução dos problemas”.

Além da equipe campeã, outras duas foram premiadas. Os estudantes que ficaram em segundo (Cassia Gabriela Silva Pereira, Denilson Santos Sobrinho Junior e Rafael da Costa Silva, formando a equipe FabricaDeSoftware) e em terceiro (equipe Sharknado, com os alunos Adailson Aguiar Campos Junior, Daniel Arrais de Carvalho e Nareilson Bisbo de Souza) ganharão entradas para participar do V Startup Weekend Palmas, marcado para os dias 23, 24 e 25 de novembro na Faculdade Católica do Tocantins. (Da Embrapa Pesca e Aquicultura)

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