Criada em 27/07/2018 às 20h14 | Pesquisa

Número de estabelecimentos agropecuários no Tocantins cresce 11,18% em pouco mais de uma década, aponta censo do IBGE

Em 2006, o Tocantins possuía 56.567 estabelecimentos. Já em 2017 o número subiu para 63.691. Também houve crescimento de 3,15% da área total que perfazem os estabelecimentos, aponta resultados preliminares do Censo Agro do instituto.

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Em 2006, a área total era de 14.387.949 hectares. Já em 2017, a área total contabilizada era de 14.857.426 hectares (foto: Fernando Alves/SecomTO/Divulgação)

O número de estabelecimentos agropecuários no Estado do Tocantins cresceu 11,18% em pouco mais de uma década. Em 2006, o Tocantins possuía 56.567 estabelecimentos. Já em 2017 o número subiu para 63.691. Os dados fazem parte de informações preliminares do Censo Agro 2017 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgadas nesta quinta-feira, dia 26. Os números foram filtrados pelo Norte Agropecuário. 

Também houve crescimento de 3,15% da área total que perfazem os estabelecimentos, aponta o estudo do instituto. Em 2006, a área total era de 14.387.949 hectares. Já em 2017, a área total contabilizada era de 14.857.426 hectares.

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Os resultados apresentados nesta divulgação preliminar ainda não incluem cerca de 3 mil questionários que estão passando por processo de validação e 1.213 estabelecimentos de coleta especial (empresas e grande produtores) em nível nacional.

Esta divulgação preliminar do Censo Agropecuário 2017 traz informações sobre as características do produtor agropecuário e dos estabelecimentos; a condição legal das terras e do produtor; pessoal ocupado; infraestrutura dos estabelecimentos; características da pecuária e da produção vegetal (efetivos e produtos da silvicultura, horticultura, floricultura, extração vegetal, lavouras permanente e temporária), entre outros temas.

OS NÚMEROS NACIONAIS

Em termos de informações nacionais, o Censo Agro 2017 identificou, até o momento, 5.072.152 estabelecimentos agropecuários no Brasil, em uma área total de 350.253.329 hectares. Em relação ao Censo Agro 2006, essa área cresceu 5% (16,5 milhões de hectares, o equivalente a área do estado do Acre) apesar da redução de 2% (103.484 unidades) no número de estabelecimentos. No entanto, quando se excluem os produtores sem área, há aumento de 74.864 estabelecimentos.

Ressalta-se, ainda, que diferenças metodológicas contribuíram para que total de produtores sem área caísse de 255.019, em 2006, para 76.671 em 2017.

Entre os estabelecimentos com 1.000 ha ou mais, houve aumentos tanto em número (mais 3.287) quanto em área (mais 16,3 milhões de ha). Sua participação na área total passou de 45% para 47,5% de 2006 para 2017. Já os estabelecimentos entre 100 e 1000 ha viram sua participação na área total cair de 33,8% para 32% (menos 814.574 ha) e tiveram uma diminuição de 4.152 unidades.

Quanto à condição legal da terra, a proporção de estabelecimentos em terras próprias cresceu de 76,2% para 82%, mas a participação destes estabelecimentos na área total diminuiu de 90,5% para 85,4%. Já a proporção de estabelecimentos com terras arrendadas caiu de 6,5%, em 2006, para 6,3%, em 2017, embora a participação da modalidade na área total tenha crescido de 4,5% para 8,6%.

USO DE AGROTÓXICO

Destaca-se, ainda, que 1.681.001 produtores utilizaram agrotóxicos em 2017, um aumento de 20,4% em relação a 2006. O uso de irrigação também se ampliou, com aumento de 52% tanto em estabelecimentos (502.425) quanto em área (6.903.048 hectares). Além disso, o acesso à Internet nos estabelecimentos agropecuários cresceu 1.790,1%, passando de 75 mil, em 2006, para 1.425.323 produtores que declararam ter acesso em 2017.

PERDAS NO NORDESTE

Entre 2006 e 2017, a área total ocupada por estabelecimentos agropecuários cresceu 5,0% (16.573.292 hectares, o equivalente ao estado do Acre, aproximadamente), apesar da redução de 2% (103.484) no número de estabelecimentos. Quando se excluem os produtores sem área (apicultores, extrativistas, criadores de animais em beira de estradas), porém, há um aumento de 74.864 estabelecimentos no período. Diferenças metodológicas contribuíram para que total de produtores sem área caísse de 255.019, em 2006, para 76.671 em 2017.

Apenas o Nordeste teve queda tanto no número (menos 131.565) quanto na área (menos 9.901.808 ha – aproximadamente, o estado de Pernambuco) dos estabelecimentos agropecuários. Já na região Sul, mesmo com a queda no número de estabelecimentos (menos 152.971), houve aumento na área (mais 1.082.517 ha).

1.000 HECTARES OU MAIS

Entre 2006 e 2017, a participação na área total dos estabelecimentos iguais ou maiores de 1.000 ha aumentou de 45,0% para 47,5%. Com um aumento de 3.287 estabelecimentos e de 16,3 milhões de hectares, a área média do grupo elevou-se de 3.155,7 para 3.272,4 ha.
Já os estabelecimentos de 100 a menos de 1.000 ha perderam participação na área total, passando de 33,8% para 32,0%. Houve, entre esses estabelecimentos, uma redução de 4.152 unidades e de 814.574 ha, com a área média variando de 266,0 ha para 266,7 ha.
Já nos estratos intermediários (menos de 100 ha), a participação se manteve praticamente estável, variando de 21,2% para 20,5%, com um acréscimo de 74.942 estabelecimentos e com a área média mantendo-se em 15,8 ha.

TERRAS ARRENDADAS

Em relação à condição legal das terras, entre 2006 e 2017, a proporção de estabelecimentos que declararam terras próprias aumentou de 76,2% para 82%; porém, a participação da área de terras próprias diminuiu de 90,5% para 85,4%. Já a proporção de terras arrendadas reduziu-se de 6,5%, em 2006, para 6,3%, em 2017, mas a participação da área da modalidade cresceu de 4,5% para 8,6%. Os estabelecimentos com terras em “comodato ou ocupadas” variaram de 9,7% para 9,6%, com reflexo de 2,2% para 2,8% na área.

MATAS NATURAIS

Em relação ao uso da terra nos estabelecimentos agropecuários, entre 2006 e 2017, observou-se redução de 31,7% na área utilizada para lavouras permanentes, como frutas e café, por exemplo. Já a área destinada a lavouras temporárias, como grãos e cana de açúcar, cresceu 13,2%.

Houve, também, redução de 18,7% nas áreas de pastagem natural e crescimento de 9,1% nas áreas destinadas a pastagens plantadas. O Censo mostra, ainda, elevação da quantidade de hectares destinados a matas naturais (11,4%), que são as florestas naturais, e plantadas (79,2%), que são as áreas destinadas a silvicultura.

ÁREA IRRIGADA

Em 2017, 502.425 estabelecimentos agropecuários disseram usar algum método de irrigação, enquanto o total da área irrigada no país foi de 6.903.048 hectares. Em relação ao Censo Agropecuário 2006, observou-se um aumento de 52% no número de estabelecimentos com irrigação em suas terras e de 52% na área irrigada.

ACESSO À INTERNET

Em 2017, 1.425.323 produtores declararam ter acesso à internet, sendo que 659 mil (46,2%) através de banda larga, e 909 mil (63,77%), via internet móvel. Em 2006, o total de estabelecimentos agropecuários que tinha acesso à internet era de apenas 75 mil, o que representa um aumento de 1.790,1% em 2017.

O acesso ao telefone também cresceu. Pode-se destacar a evolução observada na existência do aparelho nos estabelecimentos, passando de 1,2 milhão para 3,1 milhões de propriedades com acesso a telefone entre 2006 e 2017, um acréscimo de 1,9 milhão ou 158%.

O estudo divulgado pelo IBGE não contempla essas comparações em relação ao Tocantins. (Do Norte Agropecuário, com informações do IBGE)

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