Criada em 11/04/2018 às 19h08 | Grãos

Levantamento da Conab aponta crescimento de 2,6% na produção de grãos no Estado do Tocantins na safra 2017/2018

Carro-chefe da produção no Tocantins, a soja deve ter crescimento de 6,9%, aponta Conab. A estimativa de produção é de 3.022,6 mil toneladas, ante 2.826,4 mil toneladas no ciclo 2016/2017.

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O Tocantins terá aumento de 2,6% na produção de grãos na safra 2017/2018, aponta o 7º Levantamento da Safra de Grãos 2017/2018 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nessa terça-feira, dia 10. Conforme o estudo analisado pelo Norte Agropecuário, na safra 2017/2018, a estimativa é que o Estado produza 4.661,9 mil toneladas. Na safra 2016/2017, o montante produzido atingiu 4.543,1 mil toneladas. 

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Ainda conforme análise dos números, em termos de produtividade, o crescimento será de 1,7%. Na safra 2017/2018, a área produzida deve ser de 1.399,8 mil hectares, ante 1.376,1 mil hectares no ciclo anterior. Ao dimensionar a produtividade em quilos por hectare (kg/ha), a estimativa prevê aumento de 0,9%, com previsão de 3.330 quilos por hectare nesta safra. Já na safra passada, o resultado obtido foi 3.301 kg/ha.

Os resultados levam em consideração os seguintes produtos: caroço de algodão, amendoim (1ª e 2ª safras), arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), girassol, mamona, milho (1ª e 2ª safras), soja, sorgo, trigo e triticale.

AS CULTURAS

Carro-chefe da produção no Tocantins, a soja deve ter crescimento de 6,9%, aponta Conab. A estimativa de produção é de 3.022,6 mil toneladas, ante 2.826,4 mil toneladas no ciclo 2016/2017. Conforme técnicos da companhia, “a cultura teve um incremento mais modesto na área cultivada em relação a anos anteriores”. O relatório produzido pela Conab aponta ainda que “isso é explicado pela grande frustração da safra 2015/16 e também para algumas regiões, na safra 2016/17, o que levou vários produtores a um elevado comprometimento financeiro e, consequentemente, a uma certa restrição de acesso ao crédito”.

Já a safra de milho (primeira e segunda safras) prevê queda de 7,4%. Na safra 2016/2017 o resultado foi 902,4 mil toneladas. Já a estimativa deste ano prevê 835,7 mil toneladas.
Ao analisar apenas a primeira safra, o resultado do milho foi positivo: aumento de 15,2% na área em relação à safra passada. “O aumento derivou em parte de produtores com dificuldades financeiras que não tiveram crédito liberado em tempo hábil para plantar soja na janela ideal de plantio, e que assim, optaram pelo plantio do milho”, aponta a Conab.

Já a segunda safra, a safrinha, a expectativa inicial no Tocantins era de uma redução expressiva devido ao atraso no plantio da soja. “Porém, com as boas condições pluviométricas no final de fevereiro e março, coincidindo com a elevação das cotações, houve uma intensificação do plantio, com os produtores esperançosos de que as favoráveis condições do clima, perdurem até a fase de enchimento de grãos”, aponta o relatório da Conab. “Dessa forma, o plantio está sendo realizado fora da janela ideal, em praticamente todo o estado. Como a situação envolve risco acentuado, está previsto haver menor investimento no emprego de insumos e aumento no registro de utilização de sementes salvas”, complementam os técnicos.

A safra de arroz prevê crescimento de 1,7% na produção. Conforme o levantamento, a estimativa mais recente prevê colheita de 688,4 mil toneladas ante 676,7 mil toneladas no ciclo anterior.

Por outro lado, a expectativa é de diminuição na área cultivada de algodão, estimada em 2,8 mil hectares. “O maior entrave para a expansão da cultura no estado está relacionado ao fim da isenção do ICMS para o produto. Os produtores da região da divisa com a Bahia, por exemplo, estão preferindo cultivar suas lavouras nesse estado, dado à redução de 50% do ICMS concedido por este. As lavouras se encontram em fase de floração e formação das maçãs e as condições dessas são consideradas boas”, ressalta a Conab.

A área de feijão comum cores no Tocantins deverá ser de 0,9 mil hectares, com um rendimento médio de 997 kg/ha. O feijão comum cores é cultivado basicamente por pequenos agricultores, com baixo emprego de insumos e mecanização.

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