Criada em 06/08/2018 às 11h09 | Exportações

Maior comprador de soja do Brasil e do Tocantins, China deve reduzir as importações mundiais em 10 milhões de toneladas do grão

O uso de fórmulas de baixa proteína para alimentação animal poderia reduzir a demanda anual da China por farelo de soja em entre 5% e 7%. Brasil vendeu 50 milhões de toneladas da oleaginosa para os chineses no ano passado.

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No primeiro trimestre deste ano, Tocantins vendeu US$ 580 milhões de soja para o exterior. A China, com 61,54%, é a maior compradora dos produtos produzidos pelo Estado nos mais diversos segmentos (foto: CNA/Divulgação)

A China pode reduzir as importações de soja em mais de 10 milhões de toneladas neste ano, graças ao uso de nova tecnologia em farelo de soja e à adoção de suplementos como sementes de girassol e sementes de palmeira, segundo publicação no jornal estatal Economic Daily nesta segunda-feira, apurou o Notícias Agrícolas. 

O uso de fórmulas de baixa proteína para alimentação animal poderia reduzir a demanda anual da China por farelo de soja em entre 5% e 7%, o que significa cerca de 5 milhões de toneladas de soja, segundo o jornal, que citou um especialista da Academia de Ciência da China.

NEGÓCIOS COM O BRASIL

A China, que importa 60% da soja comercializada no mundo, comprou 32,9 milhões de toneladas dos Estados Unidos em 2017, o que representou 34 por cento das compras totais chinesas. O país é o maior comprador do grão produzido no Brasil, que é um dos maiores produtores da oleaginosa do mundo. Só no ano passado, os chineses compraram aproximadamente 50 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar um recorde de cerca de 70 milhões de toneladas neste ano.

NEGÓCIOS COM O TOCANTINS

No primeiro trimestre deste ano, os sojicultores que atuam no Tocantins venderam US$ 580 milhões de soja para o exterior.

A China, com 61,54%, é a maior compradora dos produtos produzidos pelo Estado nos mais diversos segmentos.

Outro dado importante: Do total de US$ 951 milhões que o Tocantins vendeu para o exterior em 2017, US$ 756 milhões foram gerados de derivados da soja, que representam 79% dos produtos exportados.

OUTROS PRODUTOS

A China também pode aumentar importações de ração animal feita de sementes de girassol, de palmeira e colza, que poderiam substituir uma demanda anual por farelo de soja de cerca de 4,8 milhões de toneladas, equivalente a cerca de 6 milhões de toneladas de grãos de soja, disse a reportagem.

A demanda por farelo de soja deve continuar fraca nos próximos meses devido a perdas em alguns produtores de carne suína, adicionou o jornal. O consumo de farelo de soja caiu 1,3 por cento entre abril e junho ante o mesmo período do ano anterior.

A China começou em 6 de julho a impor uma tarifa de 25 por cento sobre uma lista de bens norte-americanos, incluindo soja, em resposta a tarifas similares aplicadas pelos EUA sobre bens chineses.

A soja, esmagada para produção de óleo de cozinha e farelo de soja, ingrediente rico em proteínas e utilizado para ração animal, foram os maiores itens agrícolas de exportação dos EUA para a China no ano passado, com um valor de 12,3 bilhões de dólares, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. (Com informações do Notícias Agrícolas)

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