Criada em 14/10/2017 às 12h14 | Pecuária

Ministro da Agricultura vai ao encontro de produtores rurais em meio à crise do leite; demanda fraca prejudica mercado

A média dos dezoito estados pesquisados ficou em R$1,087 por litro, 8,9% menos na comparação com igual período do ano passado. A produção brasileira de leite (matéria-prima) cresceu 2,1% em agosto deste ano, frente a julho último, segundo o Índice Scot Consultoria de Captação.

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Em meio à crise da fraca demanda do leite no Brasil, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, viaja nesta segunda-feira (16), acompanhado do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Freitas, ao município de Prata (MG), onde se reunirá com produtores de leite do estado.

A produção de leite em alta e a dificuldade de escoamento dos produtos lácteos continuam pressionando para baixo o mercado interno. Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento de setembro, referente ao leite entregue em agosto, houve queda de 3,6% em relação ao pagamento anterior, considerando o preço médio nacional. No acumulado desde junho, quando o preço ao produtor começou a cair, a desvalorização é de 7,5%.

A média dos dezoito estados pesquisados ficou em R$1,087 por litro, 8,9% menos na comparação com igual período do ano passado. A produção brasileira de leite (matéria-prima) cresceu 2,1% em agosto deste ano, frente a julho último, segundo o Índice Scot Consultoria de Captação.

Para setembro, os dados parciais apontam para aumento de 0,5% no volume captado, na comparação mensal. O aumento dos custos de produção, as condições ruins das pastagens e as margens da atividade se estreitando deverão interferir no ritmo de crescimento da produção de leite em outubro e novembro, até a retomada do capim e melhoria da capacidade de suporte das pastagens.

Para o pagamento a ser realizado em meados de outubro (produção de setembro), 70% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em queda no preço do leite ao produtor, 28% falam em manutenção e os 2% restantes acreditam em alta nos preços do leite.

Ou seja, continua a pressão de baixa em curto prazo, mas alguns fatores nos mostram que o ritmo de queda deverá ser menor nos próximos meses, podendo o mercado ganha sustentação a partir de novembro. São estes fatores de sustentação: os estoques mais enxutos nas indústrias, a tendência de estabilidade nos preços dos lácteos no atacado, preços pararam de cair no mercado spot, além da expectativa de uma retomada do crescimento da economia, o que seria bastante positivo para o consumo em médio e longo prazos. (Do Mapa e Notícias Agrícolas)

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