Criada em 26/06/2017 às 12h46 | Pecuária

“Vai demorar um pouquinho para o setor se reorganizar”, afirma ministro Blairo Maggi sobre impacto da crise da JBS

Segundo ele, há um plano para reorganizar o setor, mas ainda não há uma saída. “Tem muitas peças sobre a mesa e a gente ainda precisa achar uma saída”, disse o titular da Agricultura.

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“Tem muitas peças sobre a mesa e a gente ainda precisa achar uma saída” (foto: Agência Brasil\Arquivo)

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o impacto negativo da crise da JBS sobre a produção brasileira de carne vai ser prolongada. “Penso que vai demorar um pouquinho para o setor se reorganizar”, afirmou, em entrevista, ao jornal Estado de São Paulo. “Até eles (JBS) voltarem a comprar mais, ou os frigoríficos que estão fechados reabrirem, vai tempo”, complementou.

Segundo ele, há um plano para reorganizar o setor, mas ainda não há uma saída. “Tem muitas peças sobre a mesa e a gente ainda precisa achar uma saída”, disse. O fragilizado setor sofreu, nos últimos dias, mais um revés com o bloqueio temporário à entrada da carne brasileira nos Estados Unidos, mercado que não ocupa as primeiras posições nas exportações brasileiras do produto, mas serve de referência do mercado internacional.

Na quinta-feira, o ministro conversou com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, para pedir uma atenção especial ao setor. A oferta de linhas de crédito é considerada essencial para “manter o setor em pé”, segundo explicou o secretário executivo do ministério, Eumar Novacki.

Os produtores amargam a queda nos preços da carne pela desaceleração dos abates pela JBS. Antes da crise, era possível programá-los de um dia para o outro. Agora, segundo informações que chegam ao ministério, a demora é de até três semanas.

A crise da JBS ainda não teve impacto nas exportações, disse o ministro. Ele voltou ao País na noite de segunda-feira passada, após um giro pela Ásia. Em Hong Kong, principal mercado da carne brasileira, ele agradeceu o secretário de Alimentos e Saúde, Ko Wing-man, pela compreensão demonstrada na crise. Hong Kong chegou a bloquear totalmente a entrada de cargas brasileiras, mas a medida foi rapidamente revertida. (Com informações do Estado de São Paulo)

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