Em Davos, Amr Moussa, ex-secretário-geral da Liga Árabe (organização que reúne 22 países árabes), admitiu que a decisão do país de vetar a compra de carne de frango de cinco estabelecimentos comerciais do Brasil se deve a retaliação ao governo de Jair Bolsonaro. “O mundo árabe está enfurecido (com o Brasil)”, disse Moussa, conforme noticiou há pouco o jornal O Estado de S.Paulo.
LEIA TAMBÉM
O motivo da retaliação: a decisão de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. “Essa é uma expressão de protesto contra uma decisão errada por parte do Brasil. Muitos de nós não entendemos o motivo pelo qual o novo presidente do Brasil trata o mundo árabe desta forma”, informou. Já a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o motivo alegado para o veto aos frigoríficos foram questões técnicas.
O governo brasileiro, por sua vez, tentou minimizar o impacto da decisão. O Ministério da Agricultura divulgou nota na qual lista outros 25 estabelecimentos credenciados para negociar com o país. “Eu acredito que tais medidas (como o descredenciamento dos frigoríficos) vão continuar”, disse Moussa. “A única forma de evitar isso é se o Brasil desistir dessa ideia. Jerusalem é uma capital de dois Estados, não de um”, finalizou, conforme o jornal.
EM NÚMEROS
As exportações brasileiras de carne de frango alcançaram 4,100 milhões de toneladas em 2018, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). As exportações totais de 2018 geraram receita de US$ 6,571 bilhões, número 9,2% menor em relação aos US$ 7,235 registrados no ano anterior. (Com informações do Estadão)
Deixe um comentário