Criada em 13/02/2019 às 08h55 | Agronegócio

Empresas e produtores rurais do Estado do Tocantins importam 15,7 milhões de quilos a menos de fertilizantes em janeiro

Em dinheiro, a queda foi menor. Enquanto em janeiro deste ano os produtores e as empresas tocantinenses compraram US$ 6,14 milhões (R$ 22,81 milhões na cotação desta terça-feira, 12 de fevereiro), no ano passado o valor foi US$ 8,13 milhões.

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Queda é de mais de 45% em relação ao mesmo mês do ano passado; produto está mais caro que no ano passado e Aprasoja aponta frete e dólar como problemas (foto: Agência Brasil\Arquivo)

DANIEL MACHADO
DE BRASÍLIA (DF)

As empresas e produtores tocantinenses importaram em janeiro deste ano um total de 19,17 milhões de quilos de adubo (fertilizantes). O volume é 15,72 milhões de quilos menor que os 34,90 milhões do mesmo mês de 2018. A redução em termos percentuais ficou em 45,06%.

Os números foram apurados pelo Norte Agropecuário no Comex Stat, sistema com informações oficiais de transações comerciais internacionais gerido, no Brasil, pelo governo federal.

Em dinheiro, a queda foi menor. Enquanto em janeiro deste ano os produtores e as empresas tocantinenses compraram US$ 6,14 milhões (R$ 22,81 milhões na cotação desta terça-feira, 12 de fevereiro), no ano passado o valor foi US$ 8,13 milhões.

Isso quer dizer que houve um aumento no preço do quilo de adubo comprado pelos tocantinenses. Em janeiro deste ano, cada quilo de adubo custou US$ 0,32 em média, enquanto no mesmo mês do ano passado o valor era de US$ 0,23.

MILHO PREJUDICADO E FRETE ALTO

Conforme o presidente da Aprosoja-TO (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins), Maurício Buffon, a compra menor de fertilizantes é mais um reflexo negativo para a plantação de milho, que está ocorrendo em menor quantidade. O cereal no Tocantins já havia sido contaminado por uma toxina, o que derrubou as exportações do produto em 2018, conforme mostrou em primeira mão o Norte Agropecuário no mês passado.

Buffon atribuiu a compra menor ao alto preço do frete e a variação do dólar, que em janeiro de 2018 estava a R$ 3,18. “Os fretes já estão bem caros e o governo do Estado começou uma política de tributação com ICMS, o que vai encarecer ainda mais”, lamentou Buffon.
Segundo ele, essa cobrança de ICMS no frete vai prejudicar ainda mais o setor produtivo.

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