Criada em 13/04/2018 às 09h55 | Agricultura

Agricultores familiares têm acesso a vantagens da produção de oleaginosas em unidade demonstrativa no interior do Tocantins

As culturas são direcionadas a produção em pequenas áreas. O cultivo da macaúba, por exemplo, chamou atenção pelas suas vantagens por ser uma cultura perene, consorciando com o amendoim, soja e gergelim e até mesmo o cultivo solteiro.

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Em três estações, os técnicos explicaram aos produtores e alunos de escolas agrícolas, o passo a passo da produção e as potencialidades econômicas das oleaginosas (fotos: Elmiro de Deus/SeagroTO)

Elmiro de Deus
DE SANTA RITA DO TOCANTINS (TO)

A Unidade Demonstrativa das culturas amendoim, soja, gergelim e macaúba para produção de biodiesel despertou interesse de agricultores familiares. A demonstração aconteceu na tarde desta quinta-feira, 12, durante o dia de campo “Culturas Oleaginosas com Potencial para Produção de Biodiesel”, no Projeto de Assentamento Bom Jesus, Chácara Nossa Senhora Aparecida, município de Santa Rosa do Tocantins, região Sudeste do Estado.

Em três estações, os técnicos explicaram aos produtores e alunos de escolas agrícolas, o passo a passo da produção e as potencialidades econômicas das oleaginosas. As culturas são direcionadas, principalmente para agricultores familiares, ou seja, a produção em pequenas áreas. O cultivo da macaúba, por exemplo, chamou atenção pelas suas vantagens por ser uma cultura perene, consorciando com o amendoim, soja e gergelim e até mesmo o cultivo solteiro.

O professor e engenheiro agrônomo da Unitins Agro, Anderson Barbosa Evaristo, explicou que a macaúba possui um diferencial na produção. “Por ser uma cultura perene pode alternar a produção com as oleaginosas e, proporcionando ao produtor um retorno mais rápido, outra opção é com a criação de gado, pois a macaúba inicia a produção depois do 4º e 5º ano”, disse.

O ALGODÃO

A produção do algodão colorido, na Unidade Demonstrativa, também chamou atenção. O pesquisador da Embrapa, Valdinei Saffiati explicou a importância da oleaginosa, no aproveito da pluma e caroço para o biodiesel. “O algodão colorido é uma cultura diferenciada agregando valor no produto, o que torna o produtivo mais valorizado economicamente”, definiu.

A superintendente da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Arlete Mascarenhas, ao fazer abertura do evento ressaltou a importância do incentivo aos produtores. “É uma atividade que pode gerar renda para muitos agricultores. Para tanto, estamos aqui, mostrando as tecnologias das culturas das oleaginosas para plantar e produzir, por isso é importante a organização dos agricultores para que projeto como esse possa avançar”, argumentou. (Da Seagro)

OS PRODUTORES

O produtor e proprietário do local de implantação da unidade, Estevo Klaic Vieira, que acompanhou de perto disse que, o experimento, demonstrou o potencial de produção. “Pudemos notar que essa alternativa é viável para gerar renda pra nós agricultores, pudemos pensar em prosseguir com este projeto, o exemplo está aqui que realmente deu certo”, destacou.

Já o produtor José Sebastião de Lima também morador no assentamento, manifestou interesse no plantio da soja. “Pretendo investir na produção da soja, pois acredito que é uma cultura fácil de produzir e mercado certo, ainda este ano, quando recomeçar a temporada de chuva vou iniciar o plantio”, disse. (Da SeagroTO)

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