Criada em 30/03/2017 às 21h29 | Agronegócio

Técnicos registram 41 ocorrências de ferrugem asiática em 16 cidades do Tocantins; não houve surto ou perdas, diz Adapec

Adapec monitorou mais de 795 mil hectares, o total de área plantada no Estado. Houve aumento número de propriedades cadastradas passando de 968 na safra 2015/2016 para 1.261 nesta safra.

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Segundo o relatório, houve um aumento significativo no número de áreas cadastradas junto à Adapec em relação à safra passada de 15,8%, e consequentemente no monitoramento (foto: Adapec/Divulgação)

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) apresentou na tarde desta quarta-feira, 29, relatório sobre o número de áreas cadastradas e monitoradas pela Agência na safra de soja sequeiro 2016/2017. 

Conforme o Consórcio Antiferrugem, foram registradas 41 ocorrências de ferrugem asiática em 16 municípios. O índice é considerado "pequeno" pela Adapec e não traz prejuízos. “Sobre a ferrugem asiática, as condições climáticas foram favoráveis para a não proliferação da praga, sendo identificados poucos focos já no final do ciclo, o que não comprometeu a produção”, pontuou o inspetor de defesa agropecuária, responsável técnico pelo Programa de Grandes Culturas, Cleovan Barbosa Pinto.

De acordo com os dados, as áreas de plantio da oleaginosa cadastradas, somaram 795.051 hectares, e o monitoramento da ferrugem asiática e de outras pragas como a Helicoverpa e Amaranthus plameri (caruru gigante) ocorreu em 100% destas áreas.

Segundo o relatório, houve um aumento significativo no número de áreas cadastradas junto à Adapec em relação à safra passada de 15,8%, e consequentemente no monitoramento.

Também houve aumento número de propriedades cadastradas passando de 968 na safra 2015/2016 para 1.261 nesta safra. E confirmando a expansão do plantio de soja sequeiro no Tocantins, foi registrada a presença da oleaginosa em 80 municípios, na safra passada eram 73.

Cleovan explicou ainda que nesta safra a Adapec adotou um sistema de monitoramento por meio de varredura e “com isso, foi possível ter um diagnóstico mais completo do que estava acontecendo nas regiões”, disse o inspetor, acrescentando que a padronização das ações coopera para manter o controle de pragas nas lavouras de soja do estado.

Segundo a Adapec as três principais pragas monitoradas pelo órgão nas lavouras de soja são: ferrugem asiática, helicoverpa e Amaranthus plameri (caruru gigante). 

SEM SURTOS E PERDAS 

Referente a Helicovepa, a Agência informou que não foram registrados surtos/perdas, e que isso se deu em virtude do alto índice de soja “intacta” cultivada em torno de 60% da área plantada, surtindo efeito supressivo da presença da lagarta. 

Para esta safra foi editada uma portaria estabelecendo uma janela de plantio para a soja sequeiro do dia 1º de outubro a 15 de janeiro e com prazo de mais cinco dias úteis para o produtor cadastrar a área junto a Adapec.

O gerente de sanidade vegetal, Marley Camilo avaliou como positivo a calendarização do plantio, uma vez que evita-se fazer o plantio de soja sobre soja e contribuindo para a quebra do ciclo das pragas, que segundo ele, poderá surtir efeitos na próxima safra. “O plantio de soja no Tocantins vem crescendo a cada ano, e para garantir a sanidade e a qualidade deste importante produto para a economia, a Adapec vem implementando medidas e ações de controle de pragas com monitoramentos constantes em todas as áreas cultivadas,” disse o presidente da Adapec.

RANKING DA SOJA

Os três municípios com o maior número de áreas cadastradas são: Campos lindos, com 62.449 hectares; Santa Rosa, com 45.637 hectares; e Porto Nacional, com 40.520 hectares. A média de área plantada por propriedade é de 631 hectares.  (Com informações da Adapec)

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