Criada em 09/05/2022 às 08h58 | Piscicultura

Verticalização da produção, qualidade da água, do produto e agilidade na entrega são diferenciais da Fider Pescados

"Desde as matrizes escolhidas e as linhagens desenvolvidas até os núcleos adicionados à alimentação, a água e ao meio ambiente. Sem água de primeira qualidade, você não terá peixe de qualidade", disse Alexandre Vasto, diretor da Fider Pescados, em entrevista ao Agro & Negócios.

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"Sem água de primeira qualidade, você não terá peixe de qualidade", afirma Alexandre Vasto, diretor da Fider Pescados. (Foto: Divulgação)


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Da despeca até a entrega do produto pronto para o consumidor, em um raio de 500 km, o processo leva em média 24h. Além disso, a verticalização da produção, o controle da qualidade do peixe, da água e investimento em tecnologia são alguns dos diferenciais da Fider Pescados, empresa com sede em Rifaina, na divisa de São Paulo com Minas Gerais.

"A verticalização é um dos diferenciais. Das ovas do peixe até a mesa do consumidor. Isso proporciona controle da qualidade de cada uma das etapas. Desde as matrizes escolhidas e as linhagens desenvolvidas até os núcleos adicionados à alimentação, a água e ao meio ambiente. Sem água de primeira qualidade, você não terá peixe de qualidade", disse Alexandre Vasto, diretor da Fider Pescados. Ele recebeu há alguns dias comunicadores do agro de 11 Estados, levados pela Texto Comunicação, em mais uma edição do Road-Show. "Aqui aproveitamos todos os resíduos, pois temos fábrica de farinha e óleo para consumo animal", complementou.

A agilidade na entrega também é um dos destaques da empresa. "Trazer o peixe rapidamente é essencial. A distância da fazenda para o frigorífico é de 5km. Em 15 minutos que o peixe foi despescado já está no frigorífico para ser filetado. Passa por congelamento do mais alto padrão e qualidade. E, num raio de 500km, fazemos a entrega de um peixe com garantia de qualidade e saboroso."

A empresa

A Fider Pescados está em Rifaina (SP) desde 2009, mas faz parte do Grupo MCassab, que tem 93 anos de histórias. O projeto de produção de tilápia e de processamento de produtos de tilápia tem autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O empreendimento é motivo de orgulho para Rifaina pois se trata de um dos mais modernos complexos industriais do país, composto por frigorífico e fábrica de farinha e óleo. Importante: nem o frigorífico nem a fábrica dispersam resíduos no meio ambiente. Tudo é reaproveitado.

Importância para a região

A Fider já investiu mais de R$ 200 milhões em Rifaina. A produção atual é de 800 toneladas por mês. No total, a Fider gera 520 empregos diretos e mais de 2.500 indiretos em Rifaina e nas cidades vizinhas. A empresa realiza o programa Menores Aprendizes, de incentivo aos jovens da região, dando-lhes a primeira oportunidade de emprego. A empresa injeta R$ 15 milhões/ano em receita na economia local com os salários e, em 2021, recolheu R$ 30 milhões em impostos, contribuindo para os necessários investimentos em saúde, educação, infraestrutura, segurança e demais serviços essenciais para o desenvolvimento regional.

Projeto de piscicultura

A Fider conta com cessão e todas as licenças e outorgas necessárias dos órgãos federais (MAPA e Agência Nacional de Águas/ANA). A empresa é uma das quatro maiores processadoras de tilápia do Brasil, é líder em produção no Estado de São Paulo, atende todo o território nacional e exporta para sete países – Estados Unidos, Canadá, Taiwan, Venezuela, Bangladesh, Sri Lanka e Indonésia. Além de linha própria, produz para importantes marcas.

A instalação de um projeto de produção e processamento de tilápia leva tempo e consome pesados investimentos, além do atendimento de diversas exigências federais e estaduais, tendo em vista que a legislação brasileira é uma das mais rígidas do mundo.

Importante esclarecer que as águas são bens do Estado brasileiro (são chamadas Águas da União). Assim, é necessário obter concessão federal. Além disso, trata-se de uma cessão onerosa. Ou seja, a Fider paga pelo direito de produzir na Represa Jaguara por 20 anos.

Estas são as principais etapas até conseguir aprovação:

. O projeto é submetido a estudo e aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
. O projeto é submetido à aprovação da Marinha do Brasil
. O projeto passa por análise técnica de georreferenciamento (GPS) para a determinação exata do seu perímetro
. O projeto necessita, também, da outorga onerosa pela Agência Nacional de Águas (ANA), exigindo o rigoroso cumprimento de suas etapas/prazos de concessão.

A Agência Nacional de Águas (ANA) é responsável pela definição da capacidade de produção da Represa de Jaguara. Ela que define que a capacidade da represa é de 24 mil toneladas de tilápia por ano.

A ANA também determina o volume útil total do conjunto de tanques-rede, a carga média de fósforo gerado pelo sistema de produção, a quantidade média de ração oferecida pela população de peixes e o teor máximo de fósforo na ração.
O passo seguinte é obter as licenças ambientais necessárias, responsabilidade do órgão estadual (CETESB, no Estado de São Paulo), vinculado à Secretaria do Meio Ambiente.

O projeto é fiscalizado periodicamente com rigor pelo MAPA e pela CETESB, objetivando acompanhar o cumprimento da legislação. Além disso, a Fider tem a obrigação contratual de encaminhar seus dados de produção para o Ministério, comprovando a utilização/produção conforme estipulado por esse órgão.

Qualidade da água é essencial

A qualidade da água recebe atenção especial no projeto da Fider Pescados, porque esse é um item vital para o sucesso da produção de tilápia. A Fider é auditada por empresas acreditadas pelo INMETRO, que realiza análises da água periodicamente. O resultado é submetido à CETESB, conforme exigências da lei. Além disso, a própria CETESB coleta água regularmente, realizando seus próprios testes de qualidade.

O monitoramento da água na Represa de Jaguara é realizado desde 2009. Todas as análises realizadas pela empresa certificada terceirizada comprovam que a qualidade da água é ótima. A concessionária Engie Brasil também realiza análises periódicas da qualidade da água na represa. Nos últimos cinco anos, o seu monitoramento também mostra a mesma qualidade da água: Ótima.

O monitoramento da água realizado por empresas certificadoras terceirizadas, com acompanhamento direto da CETESB, comprova que a água sai da Represa de Jaguara melhor do que entra.

A qualidade da água é o principal patrimônio para uma criação de peixes. Sem ela, não há alimento seguro e de qualidade para atender à crescente demanda da população.

Preservação

A área de produção de tilápia da Fider Pescados recebeu sólidos investimentos em infraestrutura, que incluíram atenção à preservação do meio ambiente. A Área de Preservação Permanente (APP) original foi ampliada em 6 mil m2 com o plantio de 15.000 árvores nativas. Esse cuidado representa um importante ganho para a fauna local, com atração de diferentes espécies (inclusive em extinção) para reprodução e área de descanso.

A Fider tem dupla certificação de boas práticas: para a fazenda e para o frigorífico. A certificação BAP (Boas Práticas de Aquicultura) é um dos mais completos e rígidos atestados internacionais de qualidade, que garante a sustentabilidade dos produtos e possibilita, inclusive, a exportação de produtos de tilápia, como para os Estados Unidos – o país com a legislação de segurança alimentar mais rígida do mundo.

Fider Pescados, empresa do Grupo MCassab

A Fider Pescados é a empresa de produtos de tilápia do Grupo MCassab, conglomerado 100% nacional, que iniciou suas operações em 1928. Atualmente, o grupo conta com filiais China, Argentina, Paraguai e Colômbia.

O Grupo MCassab é composto por cinco negócios estratégicos: Piscicultura (Fider Pescados), Nutrição e Saúde Animal, Distribuição, Consumo e Investimentos.

No total, o grupo tem mais de 1.905 funcionários e encerrou 2021 com faturamento de R$ 2,65 bilhões. (Com informações da Texto Comunicação)

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