Criada em 30/10/2018 às 12h16 | Agronegócio

Presidente da CNA defende desburocratização, cobra obras no Arco Norte e diz que propostas de Bolsonaro “casam” com setor

Durante o evento, o presidente da confederação entregou ao presidente do TCU, Raimundo Carreiro, e ao ministro Vital do Rêgo, o documento com os principais pontos que minam a competitividade do setor agropecuário brasileiro e apresenta propostas de mudanças em benefício dos agricultores.

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O presidente da CNA, João Martins, declarou que o problema do produtor “é da porteira para fora”, ao se referir a burocracia, tema do evento (foto: CNA/Divulgação)

Clique nos ícones acima e assista a entrevista coletiva

Ao defender a desburocratização da máquina pública e investimentos em infraestrutura em benefício do produtor brasileiro, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou nesta terça-feira, dia 30, que o “Brasil chegou ao ponto da necessidade de resolver os problemas mais urgentes do país”.

Ele cobrou ações e iniciativas governamentais para resolver os gargalos da produção no Arco Norte, disse esperar que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) possa começar a resolver os problemas. “Sabemos que não vai se resolver o problema da noite para o dia, mas as propostas [do presidente eleito Jair Bolsonaro] casam com as nossas. Ele disse, por exemplo, que é preciso reduzir a burocracia, é o que nós defendemos”, declarou, ao lembrar o Encontro com Presidenciáveis feito pela entidade durante a campanha eleitoral deste ano, com a entrega de propostas de compromisso com os então candidatos para fortalecimento do setor do campo brasileiro. Bolsonaro, em várias entrevistas, chegou a dizer que "o governo precisa sair do cangote do produtor". 

As afirmações foram feitas em entrevista coletiva durante o seminário “Desburocratizar para Crescer - o agronegócio nacional e os seus aspectos burocráticos: desafios para a promoção da competitividade”, realizado na manhã desta terça-feira (30), em Brasília, feito em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O Norte Agropecuário acompanhou a programação do evento.

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O presidente da CNA declarou que o problema do produtor “é da porteira para fora”, ao se referir justamente à burocracia, tema do evento. Em relação a obras de infraestrutura, ele disse que o “governo é obrigado a construir ferrovias e ferrovias”, por exemplo. Questionado sobre prioridade, João Martins argumentou que não iria elencar as prioridades. “A CNA tem que atuar em todas as áreas”, comentou. “Se falam em prioridade para estrada não é no sudeste e sul, que são bem servidos, mas no Arco Norte. A CNA se propõe a discutir as soluções. É la que está tendo um grande gargalo. E é lá que a cada ano a produção de grãos e de carne está sendo escoada”, complementou. Vista como fundamental para parte do escoamento dos grãos da região, o Arco Norte é um plano estratégico que compreende portos ou estações de transbordos dos estados de Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão. 

Durante o evento, o presidente da CNA entregou ao presidente do TCU, Raimundo Carreiro, e ao ministro Vital do Rêgo, o documento que minam a competitividade do setor agropecuário brasileiro e apresenta propostas de mudanças.

Conforme a CNA, são tratados temas como tributário, política agrícola, sustentabilidade dos sistemas de produção, logística e infraestrutura, questões fundiárias e trabalhistas, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, defesa agropecuária e competitividade das cadeias agropecuárias.

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