O presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço Silva Júnior, defendeu mais flexibilidade para ampliar o acesso dos produtores rurais brasileiros aos recursos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) para a adoção de técnicas sustentáveis nas propriedades.
Muni Lourenço, que também é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), participou na quarta (15) de um debate sobre agricultura de baixo carbono, em um dos painéis realizados no Espaço Brasil, com a participação de representantes do governo e especialistas, na 23º Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Bohn, na Alemanha.
Ele destacou o compromisso do produtor brasileiro com a sustentabilidade ambiental, mas ressaltou as barreiras encontradas na hora de obter a linha de crédito do programa para financiar tecnologias de baixo carbono. “Há uma série de questões estruturantes que dificultam o acesso de uma parcela significativa de produtores brasileiros aos recursos”, afirmou.
Segundo Muni, o acesso dos produtores rurais da Amazônia é “irrisório” e uma das dificuldades encontradas na região é a lentidão no programa de regularização fundiária. “O título da terra é uma das primeiras exigências para conseguir as linhas de crédito e boa parte dos produtores da Amazônia não tem”.
Na sua avaliação, também são necessárias taxas de juros diferenciadas para os produtores rurais dentro do Plano ABC. (Da CNA)
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