Criada em 05/07/2018 às 17h14 | Política brasileira

Plano Safra: Banco do Brasil coloca à disposição dos agricultores R$ 103 bilhões para empréstimo

Neste ano, o governo federal anunciou um total de R$ 194,3 bilhões para o financiamento da safra agrícola 2018/2019. Os R$ 103 bilhões serão direcionados ao custeio e ao investimento da produção agrícola, bem como à comercialização dos produtos.

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No total, o saldo da carteira de crédito agrícola do BB tem R$ 185 bilhões; R$ 43 bilhões para a agricultura familiar, R$ 117 bilhões para grandes empresas e R$ 24 bilhões para as de médio porte (foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O Banco do Brasil vai destinar R$ 103 bilhões para o financiamento da safra agrícola 2018/2019. O valor é 21% maior do que o total desembolsado na safra 2017/2018, cerca de R$ 85 bilhões. Para a safra que se inicia neste mês, os juros também serão menores do que os praticados até este momento.

Em entrevista à NBr, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, disse que, para a agricultura familiar, a taxa vai variar de 2,5% a 4,6% ao ano e, para os empréstimos do agronegócio, será de 6% a 7,5%. O anúncio do Plano Safra do Banco do Brasil foi feito nesta quarta-feira, dia 4, em cerimônia na sede da instituição, com a participação do presidente Michel Temer.

O Banco do Brasil é o principal agente de financiamento da agricultura brasileira: responde por 60% do crédito disponível para o setor. Neste ano, o governo federal anunciou um total de R$ 194,3 bilhões para o financiamento da safra agrícola 2018/2019. "Eu considero o Banco do Brasil, que é responsável por 60% dos créditos do agronegócio, o grande parceiro da agricultura brasileira. É importante destacar, acima de tudo, a capacidade que o produtor brasileiro teve de se superar, se reinventar e fazer com que o Brasil chegasse aos números que temos hoje", afirmou Caffarelli.

O lançamento do Plano Safra do Banco do Brasil acontece tradicionalmente na sequência do anúncio do governo federal. Os R$ 103 bilhões serão direcionados ao custeio e ao investimento da produção agrícola, bem como à comercialização dos produtos. No total, o saldo da carteira de crédito agrícola do Banco do Brasil tem R$ 185 bilhões, sendo R$ 43 bilhões para a agricultura familiar, R$ 117 bilhões para grandes empresas e R$ 24 bilhões para empresas de médio porte.

O presidente do Banco do Brasil destacou a importância do setor rural para a retomada do crescimento econômico do país. "O agronegócio talvez seja o grande instrumento que o Brasil tem hoje para a retomada do crescimento econômico. O setor teve participação ativa na superação da crise", argumentou.

Segundo Caffarelli, a agricultura responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 44% do total das exportações brasileiras, o que deixa clara a vocação do país para o agronegócio. "Estamos trabalhando para dar continuidade a um trabalho que foi feito, lembrando que a safra 2016/2017 foi a maior de todos os tempos. Nós tivemos 238 milhões de toneladas. Esperamos que a safra 2017/2018 possa atingir números bastante semelhantes. Portanto, começamos uma nova safra com muita expectativa, com muita esperança de continuar esse processo de produção", disse.

Nos últimos 25 anos, segundo Caffarelli, a área plantada no país cresceu 65%, mas a produção aumentou 375% no mesmo período. Para se chegar a esses índices, disse Caffarelli, houve um forte investimento em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, bem como um estímulo ao crédito, com participação expressiva do Banco do Brasil.

MINISTRO E PRESIDENTE

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, participou na manhã desta quarta-feira (4) de cerimônia do Banco do Brasil, marcando o início da execução do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019, que teve a presença do presidente da República Michel Temer. Em seu discurso, o ministro destacou o consenso que marcou a negociação entre setores do governo e demandas dos representantes do setor privado para elaborar o plano neste ano.

“Sabíamos onde poderíamos chegar, em função do limite do teto de gastos e, com amplo diálogo, chegamos a bom termo, aumentando o volume de recursos, reduzindo juros e ainda criando novos programas”, disse Blairo Maggi sobre o PAP anunciado no último mês com volume de R$ 194,37 bilhões, dos quais cerca de 60% são operados pelo Banco do Brasil.

Sobre a importância do banco para o Plano safra, o ministro destacou que “além de importante colaborador na construção das diretrizes do plano, que é um processo de intensa negociação, a instituição faz o crédito chegar aos mais distantes rincões do Brasil, apoiandoo pequeno produtor e fomentando o desenvolvimento dos médios e grandes”.

O presidente Michel Temer enfatizou a importância do agronegócio brasileiro e o reconhecimento que esse setor tem no exterior, especialmente em função dos avanços tecnológicos propiciados por pesquisas da Embrapa.

O presidente do BB, Paulo Caffarelli, lembrou o papel que o agro tem para a instituição, respondendo por mais de 30% da carteira de crédito do banco e a tradição que o Banco do Brasil tem nesse setor.

Nei Marques Moreira foi primeiro cliente a assinar o contrato do plano safra com o BB, durante o evento. (Da Agência Brasil e Mapa)

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